Dicas de Saúde

  


Fitoesteróis e diminuição de triglicérides plasmáticos

A hipertrigliceridemia é um fator de risco cardiovascular de elevada prevalência. Nos Estados Unidos, estima-se que 31% dos adultos tenham concentração plasmática de triglicérides superior a 150 mg/dL. A hipertrigliceridemia aumenta o risco cardiovascular mesmo na presença de concentração plasmática adequada de LDL-colesterol (LDL-c), e por isso, há necessidade de tratamento baseado em alimentação saudável, redução do peso e atividade física regular5.
No contexto da alimentação saudável, estudos têm investigado se o efeito positivo de fitoesteróis sobre a concentração de LDL-c se estende também aos triglicérides plasmáticos
1
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Demonty et al. (2012)
1
 realizaram uma análise combinada de 12 ensaios clínicos aleatorizados que avaliaram os efeitos de fitoesteróis sobre a concentração plasmática de triglicérides.
Foram incluídos, no total, 935 pacientes com hipercolesterolemia. Na maioria dos estudos, a ingestão de fitoesteróis variou entre 1,6 e 2,5 g/dia. Houve redução significativa, de 6% nas concentrações plasmáticas de triglicérides, a qual se mostrou dependente das concentrações iniciais. Nenhum efeito foi observado com relação à concentração plasmática de HDL-c.

O mecanismo pelo qual o consumo de fitoesteróis reduz a concentração plasmática de triglicérides foi investigado por Plat & Mensink (2009)
3. Neste estudo, os pesquisadores utilizaram amostras de sangue de indivíduos que participaram de estudos de intervenção com fitoesteróis durante oito semanas. No primeiro estudo, participaram pacientes com dislipidemia e síndrome metabólica (SM) que receberam 2g de fitoesteróis/dia, e no segundo, pacientes normolipidêmicos que receberam 3,8 a 4,1 g de fitoesteróis/dia. 

 

Nos indivíduos com SM, a ingestão de fitoesteróis reduziu a concentração de partículas de VLDL grandes e médias, comparado aos controles. Nos normolipidêmicos, a concentração sérica de partículas de VLDL grandes também diminuiu, embora de maneira menos pronunciada.

Com base nestes achados, postulou-se a hipótese de que o efeito dos fitoesteróis sobre a concentração plasmática de triglicérides deriva de sua capacidade de influenciar a produção hepática de grandes partículas de VLDL ricas em triglicérides
3
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Rideout et al. (2010)
4
 caracterizaram em ratos as mudanças no metabolismo de triglicérides após intervenção com dieta contendo 2% de sua composição em fitoesteróis por 6 semanas, comparado a animais que receberam dieta controle, isenta de fitoesteróis.

O consumo de fitoesteróis reduziu significativamente as concentrações plasmáticas (-28%) e hepáticas (-30%) de triglicérides, comparado aos ratos com dieta controle. A ingestão de fitoesteróis também levou a aumento da excreção fecal de ácidos graxos e redução do peso corporal.

Na ausência de estudos de intervenção em humanos que quantifiquem diretamente a redução do risco cardiovascular resultante da diminuição exclusiva de triglicérides, ainda é difícil determinar se o efeito adicional de 6% de diminuição de sua concentração plasmática é clinicamente relevante comparado à redução média de 10% no LDL-c alcançada por meio do consumo de 2g de fitoesteróis/dia
2

 

De maneira geral, na hiperlipidemia mista, quando há aumento concomitante de LDL-c e triglicérides, a ingestão de pelo menos 2 g de fitoesteróis/dia por meio do consumo de produtos enriquecidos, como creme vegetal, já se justifica pela sua eficácia em reduzir a concentração plasmática de LDL-c. Pesquisas adicionais precisam esclarecer quais tipos de intervenção, incluindo dieta e mudanças no estilo de vida, beneficiam positivamente a hipertrigliceridemia isolada1

 

Referências:

1) Demonty I, Ras RT.
The effect of plant sterols on serum triglyceride concentrations is dependent on baseline concentrations: a pooled analysis of 12 randomised controlled trials. Eur J Nutr 2012 Jan 18. [Epub ahead of print].
2) Katan MB, Grundy SM, et al. Efficacy and safety of plant stanols and sterols in the management of blood cholesterol levels. Mayo Clin Proc 2003; 78: 965-978.
3) Plat J, Mensink RP. Plant Stanol Esters Lower Serum Triacylglycerol Concentrations via a Reduced Hepatic VLDL-1 Production. Lipids 2009; 44: 1149-1153.
4) Rideout TC, Harding SV, Jones PJ. Consumption of plant sterols reduces plasma and hepatic triglycerides and modulates the expression of lipid regulatory genes and de novo lipogenesis in C57BL/6J mice. Mol Nutr Food Res 2010; 54 (Suppl 1): S7-13.
5) Talayero BG, Sacks FM. The role of triglycerides in atherosclerosis. Curr Cardiol Rep 2011; 13(6): 544-552.
6) Theuwissen E, Plat J, et al. Plant Stanol Supplementation Decreases Serum Triacylglycerols in Subjects with Overt Hypertriglyceridemia.
Lipids 2009; 44: 1131-1140.

                         http://www.unileverhealthinstitute.com.br/

Atividade física e controle do colesterol

·         Educador Físico e Fisioterapeuta, especialista em aparelho locomotor no esporte e fisiologia do exercício. MBA em gestão de saúde, educador em Diabetes. Responsável pelo programa Anti-sedentarismo do Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Autor do livro: Manual de Atividades Físicas para a Prevenção de Doenças.

 

1. Atualmente, a atividade física é reconhecida como um componente fundamental em intervenções para o controle de fatores de risco cardiovascular. O que as evidências científicas mostram com relação ao impacto da atividade física sobre a concentração total de colesterol, LDL-c e HDL-c?

Pesquisas mostram que a prática regular de atividades físicas possui um impacto substancial na dislipidemia, na prevenção de doenças e na promoção de saúde, e quando associada à aquisição de hábitos mais saudáveis os benefícios podem ser exacerbados. Os efeitos da atividade física relacionados ao HDL-c podem ser potencializados com o aumento da energia gasta durante o exercício, por meio da intensidade ou duração, e com alterações na composição corporal envolvendo a redução de gordura. Estudos indicam que o LDL-c também apresenta uma diminuição de 7,6% quando associados atividade física, dieta e perda de 10% na composição corporal.  Especificamente, o exercício físico proporciona o aumento nas concentrações de HDL-c no sangue, assim, como consequência, de forma indireta observa-se a diminuição dos níveis plasmáticos de LDL-c, uma vez que o HDL-c, conhecido como colesterol bom, possui como principal função o transporte reverso do LDL-c, um dos responsáveis pela formação da placa de ateroma.  Outro fator importante é a ação antioxidante do HDL-c, que pode ser encontrado em níveis elevados após um programa de treinamento. 

·    2. A atividade física é capaz de melhorar os níveis plasmáticos de triglicérides e a lipemia pós-prandial?
Sim. Estudos apontam melhora significativa nos níveis de triglicérides e lipemia pós prandial com a prática regular de atividade física.

  

3. Indivíduos sob terapia hipolipemiante (ex: estatinas) são beneficiados da mesma forma?

Em indivíduos que realizam tratamento com hipolipemiante, além dos benefícios proporcionados pelo medicamento o controle da hiperlipidemia se torna mais eficaz com a prática regular de exercícios físicos. 

  

4. Existe a vantagem de algum tipo de exercício sobre outro quanto a sua capacidade de melhorar o perfil lipídico? Há  alguma contraindicação?

Tanto exercícios de predominância aeróbia quanto treinamento resistido trazem benefícios para o controle do perfil lipídico, porém, melhoras mais significativas ainda são comprovadas em exercícios cíclicos de predominância aeróbia como caminhadas, ciclismo e corridas. Não há contraindicação, apenas deve-se respeitar a condição física atual do individuo para a prescrição correta dos exercícios.

  

5. Para obter os melhores resultados, qual a duração e frequência recomendada de atividade física?

Para reduzir o risco de doenças e promover saúde a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que se acumule 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada em 5 dias da semana, porém, para a maioria das pessoas, benefícios maiores serão encontrados em atividades físicas mais vigorosas e com maior duração. Vale salientar que os exercícios físicos realizados de modo crônico possuem um melhor resultado que aqueles realizados de forma aguda, portanto, a disciplina no exercício físico é essencial.

 

Dieta Mediterrânea na Gestação

·    Durante a gravidez, a dieta deve prover a quantidade de energia e nutrientes adequada para manter a saúde da mãe, reduzir o risco de doenças relacionadas à gestação e permitir o crescimento e desenvolvimento do feto em condições favoráveis3. É importante ressaltar que o estado nutricional da mãe pode influenciar os desfechos perinatais; além disso, evidências epidemiológicas sugerem que um ambiente uterino inadequado pode interferir na programação fetal, aumentando sua futura suscetibilidade ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas2. Por estas razões, estudos têm investigado a relação entre padrões alimentares na gestação e saúde infantil, a exemplo da Dieta Mediterrânea.

 

A Dieta Mediterrânea foi descrita na década de 60, a partir de observações que indicavam baixas taxas de doença coronariana em habitantes de países mediterrâneos em comparação a outras populações. O estilo de vida mediterrâneo contempla um padrão alimentar caracterizado pelo alto consumo de azeite de oliva, hortaliças, leguminosas, grãos integrais, frutas e castanhas. A ingestão de gorduras saturadas é baixa, e o consumo moderado de peixe garante uma provisão adequada de gorduras poli-insaturadas5.

 

Chatzi et al. (2012)2 investigaram o impacto da adesão à Dieta Mediterrânea durante a gestação sobre o crescimento fetal em duas coortes, na Espanha e Grécia. Foram estudadas 2461 mães e recém-nascidos. Gestantes com maior adesão à dieta tiveram um risco 50% menor de apresentar recém-nascidos com retardo de crescimento. A análise estratificada revelou que a adesão à Dieta Mediterrânea associou-se com maior peso e comprimento de recém-nascidos de mães fumantes comparado às não fumantes, sugerindo que a adesão a este padrão alimentar pode modificar o efeito deletério do fumo sobre o tamanho ao nascer.

 

No estudo de Vujkovic et al. (2009)6, observou- se que a Dieta Mediterrânea na gravidez resultou em menor risco de espinha bífida (defeito de fechamento do tubo neural), achado que foi associado a maiores concentrações séricas de folato e vitamina B12 e menores concentrações plasmáticas de homocisteína nas gestantes. O aumento do folato sérico está relacionado à abundância de frutas e hortaliças presentes no padrão alimentar mediterrâneo.

 

·    Existe também uma linha de pesquisa que busca analisar o impacto da adesão à Dieta Mediterrânea sobre o desenvolvimento de alergias e doenças atópicas na infância, incluindo a asma. Em um estudo de coorte na Espanha, o consumo alimentar das mães foi avaliado e classificado de acordo com um escore para representar adesão à Dieta Mediterrânea. Os resultados mostraram que escores mais altos de Dieta Mediterrânea durante a gestação foram protetores contra sintomas de asma, como chiado, e contra alergia após 6,5 anos de seguimento das crianças1.

 

Os resultados positivos provavelmente são decorrentes, dentre um dos possíveis mecanismos, da alta exposição às gorduras poli-insaturadas, que podem interferir de maneira favorável nos processos de estresse oxidativo e inflamação de tecidos pulmonares. Mais estudos ainda devem ser conduzidos para confirmar esta e outras hipóteses1.

 

Assim, uma breve análise da literatura atual sugere o papel benéfico da adesão à Dieta Mediterrânea durante a gravidez com relação a alguns desfechos, como peso e comprimento ao nascer e doenças atópicas na infância. Sabe-se que a Dieta Mediterrânea tem papel cardioprotetor8, por conseguinte, trabalhos futuros deverão investigar o papel desta dieta sobre o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis na vida adulta de indivíduos cujas mães adotaram este padrão alimentar saudável na gestação.

·    Referências:

1) Chatzi L, Kogevinas M. Prenatal and childhood Mediterranean diet and the development of asthma and allergies in children. Public Health Nutr 2009; 12(9A): 1629-1634.

2) Chatzi L, Mendez M, Garcia R, et al. Mediterranean diet adherence during pregnancy and fetal growth: INMA (Spain) and RHEA (Greece) mother-child cohort studies. Br J Nutr 2012; 107(1): 135-145.

3) Cucó G, Fernández-Ballart J, Sala J, et al. Dietary patterns and associated lifestyles in preconception, pregnancy and postpartum. Eur J Clin Nutr 2006; 60(3): 364-371.

4) Dai J, Jones DP, Goldberg J, et al. Association between adherence to the Mediterranean diet and oxidative stress. Am J Clin Nutr 2008; 88(5): 1364-1370.

5) Sofi F. The Mediterranean diet revisited: evidence of its effectiveness grows. Curr Opin Cardiol 2009; 24(5):442-446.

6) Vujkovic M, Steegers EA, Looman CW, et al. The maternal Mediterranean dietary pattern is associated with a reduced risk of spina bifida in the offspring.
BJOG 2009; 116(3): 408-415.

 

Orientações para alimentação/deglutição.

1- Procure concentar-se durante a alimentação.
2- Não coma apressadamente.
3- Não coma deitado.
4- Procure comer sempre sentado, os pés apoiados no chão e as mãos em braços de cadeira.
5- Mantenha a cabeça ereta ao alimentar-se.
6- Procure comer calmamente, em local sossegado.
7- Evite conversar durante a alimentação.
8- Engula toda a comida antes de dar uma nova mordida, ou nova colherada, ou tomar líquido.
9- Em caso de dentadura solta, retire a mesma para alimentar-se, coma alimentos que não precisem muita mastigação.

 

 Orientações para o Refluxo Digestivo.

1) Perder peso, parar de fumar.
2) Diminuir a quantidade de alimentos ingeridos e aumentar a freqüência das refeições.
3) Evitar alimentos ácidos, tais como frutas ácidas, evitar alimentos condimentados e
gordurosos como frituras.
4) Evitar café, bebidas alcoólicas e refrigerantes gasosos.
5) Evitar o uso de medicamentos anti-inflamatórios.
6) Fazer refeições fracionadas durante o dia, evitar jejum maior de 3 hs.
7) Refeição noturna leve, pelo menos 2 horas antes de deitar.
8) Evitar de ingerir líquidos a noite.
9) Elevar a cabeceira da cama em 15cm.

 

Doenças de inverno: o que fazer para evitá-las?

A primeira medida para evitar doenças e passar um bom inverno é manter firme seu sistema imunológico e isso é feito principalmente pela alimentação. No frio é preciso reforçar a ingestão de alimentos e pode-se acrescer de 20% a 30%, pois mais energia é consumida no aquecimento do corpo, evitando-se no entanto as refeições muito pesadas e gordurosas, excesso de café, chocolate, etc. Não se esquecer de beber muita água. As roupas também devem ser adequadas à temperatura, evitando-se exageros para mais e para menos. Os ambientes devem ser ventilados e ensolarados, pois como diziam os árabes antigos "onde entra o sol não entra o médico". Deve-se evitar mudanças bruscas de temperatura no ambiente, ingestão de substâncias muito quentes ou geladas e locais com aglomerações ou com ar condicionado. As roupas também devem receber cuidados. As de frio e os cobertores, guardados durante os períodos quentes, devem ser lavados para evitar o contato com fungos e pó acumulados. Os cobertores devem ser usados com dois lençois de vira para não entrar em contato com o corpo da pessoa alérgica e devem ser lavados com frequência. Deve-se também tentar eliminar os ácaros. Esses piolhos microscópicos são encontrados na poeira de cortinas, carpetes, tapetes, bichos de pelúcia, estantes, que devem ser limpos constantemente. Os animais de pêlo e as baratas também podem causar problemas a pessoas alérgicas. O espanador e o aspirador de pó comum não devem ser usados na presença de alérgicos. Os vaporizadores que umidificam o ambiente não devem ser ligados no quarto, pois ajudam na proliferação de fungos. Uma medida importante é limpar o nariz com soro fisiológico puro e na temperatura corporal quando houver secreção nasal. Deve-se pingar o líquido no nariz e assoar várias vezes até que ele fique completamente limpo. Esse procedimento simples evita a maioria das sinusites. O contato com o fumo e ambientes poluídos deve ser evitado e, na medida do possível, ficar distante de cidades poluídas nos meses de junho, julho e agosto. Os cuidados com seu equilíbrio psicológico não devem ser negligenciados. Portanto, evite depressões, cansaços e privações de sono exagerados. E se apresentar febre alta ou persistente, tosse com catarro amarelado, falta de ar, dores torácicas ou outras queixas pouco comuns, procure seu médico sem demora.

(Texto da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia



Quebrando mitos


O ovo, durante décadas, foi considerado um vilão, devido à quantidade colesterol em sua composição. Porém, estudos recentes têm demonstrado que o seu consumo não aumenta os níveis de colesterol e apresenta boa qualidade nutricional, como por exemplo, a presença de ácidos graxos linoléico, linolênico, DHA, EPA, carotenóides (luteína e zeaxantina) e colina, que são substâncias com características funcionais; além de ser rico em vitaminas e minerais e apresentar um baixo custo.

O consumo frequente deste alimento é recomendado, pois além de não aumentar o colesterol quando a pessoa apresenta uma dieta equilibrada, ainda apresenta vários benefícios, como a formação de neurotansmissores, que dependem da colina, do ferro e da vitamina A e E presente no ovo; sem negligenciar a qualidade da albumina, fundamental para o funcionamento da resposta imune.

Pesquisas recentes afirmam que o consumo de ovos no café da manhã, proporciona maior saciedade, favorecendo a perda de peso. E, além disso, o consumo de ovos com alimentos integrais, e/ou com vegetais como frutas, verduras e legumes favorece a perda de peso, além de proporcionar uma dieta equilibrada.

As características nutricionais do ovo apontam um efeito protetor deste alimento, pois apresenta 3,8g (46,05%) de ácidos graxos monoinsaturados, 1,36g (16,48%) de ácidos graxos poliinsaturados e cerca de 3,09g (37,45%) de gordura saturada. Outro nutriente importante é a colina, que atua na redução da homocisteína, com conseqüente redução do colesterol.

Como já dito, o ovo apresenta ácidos graxos essenciais, sendo estes importantes para a manutenção das membranas celulares, mantém as funções cerebrais e impulsos nervosos. Além disso, participam da transferência de oxigênio para o plasma e a difusão de substâncias como sódio, potássio, enzimas e receptores para o metabolismo celular.

Os ácidos graxos poliinsaturados atuam na redução do colesterol total e LDL-c plasmático. Enquanto que EPA e DHA atuam na redução dos triglicérides plasmáticos, além de aumentar o relaxamento do endotélio. Os monoinsaturados tem atuação na diminuição do HDL e redução da peroxidação lipídica.

É importante destacar que o colesterol tem sua importância para o organismo, pois são integrantes da membrana celular, atuam na síntese de hormônios esteróides e sexuais, na síntese de secreção biliar e é precursor da vitamina D.
Fonte da Imagem:
Disponível em: http://www.mundodastribos.com.
Acesso em: 20 out
. 2010.

Fonte da Notícia:
Boletim do Ovo. A importância do ovo na alimentação. Instituto Ovos Brasil. Área de Saúde Humana, n. 1, 2009.
Disponível: http://www.ovosbrasil.com.br/.
Acesso em 20 out. 2010.

Soja beneficia indivíduos com câncer de próstata

Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro


Pesquisa conclui que doses dietéticas de genisteína, um fitoestrógeno da soja, é segura e reduz os níveis de PSA (antígeno prostático específico) sérico em pacientes com câncer de próstata. Além disso, a genisteína teve efeitos benéficos na redução do colesterol sanguíneo.

O estudo foi publicado na revista Nutrition and Cancer por pesquisadores da Noruega. O objetivo do trabalho foi investigar a segurança da ingestão de genisteína e a possibilidade de modulação de biomarcadores em câncer de próstata.

Trata-se de um ensaio clínico, controlado por placebo, randomizado e duplo-cego, que examinou os efeitos de 30 mg/dia de genisteína durante 3 a 6 semanas antes da retirada da próstata (prostatectomia) em indivíduos com câncer de próstata. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo genisteína (n=23) e grupo placebo (n=24).

Houve diminuição em 7,8% dos níveis séricos do PSA no grupo que recebeu genisteína, sendo que esses níveis aumentaram em 4,4% no grupo placebo (p = 0,051). O nível de PSA também foi reduzido no tecido tumoral do grupo genisteína em comparação com o grupo placebo. Os níveis de colesterol total foram significativamente menores no grupo genisteína (p = 0,013). O estudo mostrou também que não houve alteração nos hormônios da tireoide ou sexuais.

“Estudos epidemiológicos já indicaram uma associação entre o consumo aumentado de soja e diminuição do risco de câncer de próstata. Assim, nosso estudo buscou investigar os efeitos da genisteína na dose que pode ser facilmente obtida a partir de uma dieta rica em soja”, comentam os autores.

“Nossos resultados indicam um possível efeito terapêutico da genisteína em indivíduos com câncer de próstata, com redução significativa do PSA sérico e no tecido, que é um marcador importante para detectar e monitorizar esse tipo de câncer. Além disso, não houveram efeitos adversos de importância clínica. O efeito anticancerígeno da genisteína sugerido por nossas observações podem explicar os dados epidemiológicos indicando efeito preventivo de uma dieta rica em produtos de soja”, concluem.

 

Não acorde o câncer que está em você - Dr. David Servan-Schreiber


 

O Dia mundial da Alimentaçao


O Dia Mundial da Alimentação é celebrado no dia 16 de outubro de cada ano para comemorar a criação em 1945 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O objetivo do Dia Mundial da Alimentação é conscientizar o conjunto da humanidade sobre a difícil situação que enfrentam as pessoas que passam fome e estão desnutridas, e promover em todo o mundo a participação da população na luta contra a fome. Todos os anos, mais de 150 países celebram este evento. Nos Estados Unidos, 450 organizações voluntárias nacionais e privadas patrocinam o Dia Mundial da Alimentação e em quase todas as comunidades existem grupos locais que participam ativamente. Durante o Dia Mundial da Alimentação, celebrado pela primeira vez em 1981, ressalta-se cada ano um tema em que se focalizam todas as atividades. Temas discutidos nos últimos anos:
 WFD HomePage
2006-2007 - “O Direito à Alimentação”
2005 - "Agricultura e diálogo de culturas"
2004 - “Biodiversidade e Segurança Alimentar"
2003 - "Trabalhar juntos para criar uma Aliança Internacional contra a Fome"
2002 - “A Água, fonte da Segurança Alimentar"
2001 - "Combater a fome para reduzir a pobreza"
2000 - “Um milénio sem fome".
Uma das iniciativas relacionadas é a Campanha TeleFood, que utiliza programas de televisão e rádio, concertos, chamadas de personalidades famosas, eventos esportivos e outros acontecimentos para transmitir a mensagem de que é hora de se fazer algo para resolver o problema da fome no mundo. O objetivo do TeleFood é fomentar a conscientização e mobilizar recursos para microprojetos de segurança alimentar. As doações recebidas são utilizadas para centenas de pequenos projetos em países em desenvolvimento para ajudar os camponeses pobres a produzir mais alimentos ou gerar renda com a qual possam adquirir alimentos em quantidade e qualidade suficiente para dar de comer às suas famílias. A página web da FAO na Internet contém informações adicionais sobre os temas recentes do Dia Mundial da Alimentação e sobre o TeleFood.
Telefood

http://www.feedingminds.org/

 

Referência(s)Lazarevic B, Boezelijn G, Diep LM, Kvernrod K, Ogren O, Ramberg H, et al. Efficacy and safety of short-term genistein intervention in patients with localized prostate cancer prior to radical prostatectomy: a randomized, placebo-controlled, double-blind phase 2 clinical trial. Nutr Cancer. 2011;63(6):889-98.

Nutrição na gastrite

Em entrevista exclusiva fornecida ao Nutritotal, a nutricionista Iara Lewinski, nutricionista do Ganep, especialista em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina e em Nutrição da Criança e do Adolescente pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, tira algumas dúvidas relacionadas com nutrição e gastrite.

Confira abaixo:

1. Quais são as causas da gastrite?Além da gastrite bacteriana (esta é a causa principal de gastrite?)não é a principal, pode deixar assim como esta, como uma das causas (é a causa mais estudada), causada pela infecção da bactéria Helicobacter pylori, outros motivos podem levar a irritação ou inflamação da mucosa gástrica, que passa a não suportar mais um elevado conteúdo ácido. São eles:

Estresse;
Substâncias irritantes (como medicamentos);
Drogas (como a cocaína);
Fumo;
Álcool;
Substâncias corrosivas (como produtos de limpeza);
Elevados níveis de radiação (na radioterapia, por exemplo);
Algumas doenças auto-imunes;
Algumas doenças digestivas, como doença de Crohn;
Certas espécies de vírus, parasitas e outras bactérias.

2. Existe uma dieta especial para os diferentes tipos de gastrites ou todos os alimentos têm o mesmo efeito em todos os casos? De maneira geral, a dieta segue o mesmo padrão: o fracionamento de cinco a seis refeições diárias e devem ser evitados os alimentos irritantes e estimulantes de secreção gástrica.

Portanto, nas diferentes fases da doença a dieta recebe as mesmas orientações, mas com diferentes enfoques. . Por exemplo, na gastrite aguda, a dietoterapia consiste em recuperar a mucosa gástrica. Já na gastrite crônica, a dietoterapia consiste em evitar o avanço das lesões e proteger a mucosa gástrica.

Somente em casos de gastrites crônicas com hipersecreção, a dieta deve conter um pouco mais de gorduras, que provocam uma maior liberação de enterogastrona no intestino (hormônio que inibe o peristaltismo estomacal) e, consequentemente, reduz-se a secreção e o tônus do estômago.

3. Quais alimentos ajudam a controlar os sintomas da gastrite e quais alimentos acentuam o desconforto? Estão separados em duas listas os alimentos que contribuem para controlar os sintomas da doença e outros que devem ser evitados, pois aumentariam o desconforto. Seguem abaixo:

Alimentos que contribuem para controlar os sintomas da gastrite: Água, chá de frutas e ervas, suco de frutas diluído;
Frutas, gelatina, mingaus;
Leite (combinado a outro alimento) e iogurte desnatado ou light;
Queijos brancos;
Carnes brancas e magras (peixe, frango, perú);
Purês, batata, mandioquinha, suflês, vegetais cozidos;
Geleias, mel, margarina light em quantidade moderada;
Sopas de vegetais e carne.

Alimentos que devem ser evitados: Condimentos (pimenta-do-reino e a vermelha);
Álcool;
Alimentos estimulantes, como café, chá mate, chá preto, chocolate;
Temperos industrializados, como caldo de carne, maionese, molho tártaro, Extrato ou molho de tomate, molho de soja (shoyo), molho inglês, molho de salada;
Refrigerantes;
Frutas ácidas e tomate;
Carne processadas: presunto, mortadela, copa, lombo, salsicha, linguiça, salame;
Alimentos gordurosos em geral;
Goma de mascar.

Todos estes alimentos são proibidos para não aumentarem a secreção gástrica. Se necessário, faz-se uma suplementação nutricional para evitar deficiências de micronutrientes e não prejudicar a cicatrização tecidual. De qualquer maneira, é importante testar os alimentos que causam desconforto gástrico e assim retirá-los da alimentação.

4. Recomenda-se evitar somente o consumo de frutas ácidas?Sim. As únicas frutas que devem ser evitadas são aquelas mais ácidas (como laranja, limão, mexerica, entre outras) e frutas que não estejam maduras. É importante lembrar que cada organismo reage diferentemente aos alimentos, então não existe uma lista estabelecida de frutas a serem evitadas, e sim aquelas que causem desconforto ao paciente. Deve-se evitar também a ingestão de sucos ácidos concentrados (limão, laranja). O ideal é diluí-los.

O consumo de outras frutas é recomendado, pois são de fácil digestão, ricas em fibras alimentares, ajudam a manter a hidratação e fornecem vitaminas importantes para manutenção da saúde do indivíduo.

5. Quais dicas nutricionais são importantes para estes pacientes? Paciente com gastrite está com a mucosa gástrica fragilizada, por isso deve-se poupá-la de maiores esforços. Assim, além da dieta específica, o paciente deve se alimentar em ambientes calmos e mastigar bem o alimento antes de engolir, para facilitar a digestão.

Refeições com grandes volumes de alimentos também vão exigir trabalho extra do sistema digestório. Por isso, recomenda-se uma alimentação fracionada, em que o paciente deve comer mais vezes no dia, em menores quantidades. Esta recomendação também visa diminuir o tempo de jejum, que acidificaria o meio estomacal, aumentando as crises de gastrite. A refeição à noite deve ser leve e de fácil digestão.

Os alimentos devem ser mais abrandados, ou seja, bem cozidos e ingeridos em temperatura morna para que proporcionem uma digestão mais facilitada e recuperação da mucosa gástrica.

6. Quais alimentos possuem propriedades nutricionais especiais que podem aliviar o desconforto da gastrite?

Ovo:
Estudos descrevem a importância dos ovos como fonte de uma imunoglobulina específica, a “IgY”, capaz de reduzir a inflamação gástrica causada pela bactéria H. pylori.

Brócolis e broto de brócolis: estudos demonstraram que o Sulforaphane, substância abundante nos brócolis e broto de brócolis, inibe a infecção causada pela bactéria H. pylori, devido ao potencial efeito bactericida desta substância.

Cenoura: estudos relatam relação inversa entre concentração de beta-caroteno, substância presente na cenoura, e risco de gastrite. Ou seja, a ingestão frequente de cenoura pode ajudar a minimizar os riscos de desenvolvimento de gastrite.

Água de coco: esta bebida possui propriedades antioxidantes, além de conter proteínas, gorduras e minerais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio. Por isso, a água de coco além de ser excelente bebida hidratante, ainda protege o organismo contra a ação dos radicais livres. Estudo científico verificou diversas propriedades funcionais na associação de água de coco com caju, como prevenção do câncer, prevenção da Helicobacter pylori causadora da gastrite aguda e propriedades antioxidantes.

Iogurte: devido à fermentação, o iogurte tem fácil digestão (seis vezes mais digerível que o leite). A caseína, proteína do leite e derivados, é facilmente degradada em aminoácidos pelo suco gástrico e disponível para a absorção.


7. O que comer na hora da crise? Como obter esse alívio instantâneo? Para alívio imediato o tratamento mais utilizado é o uso de antiácidos. O chá de espinheira-santa verdadeira, planta nativa da região do sul do Brasil, também é utilizada principalmente para o tratamento de gastrites e úlceras estomacais.
Após o alívio da dor, o paciente deve seguir com dieta específica para gastrite, conforme descrita anteriormente.

O leite não deve ser consumido nesse momento, pois produz uma sensação de alívio imediato, mas é acompanhado de um “efeito rebote” que aumenta a secreção gástrica.



Intervenção nutricional com alimentos anti-hiperlipidêmicos é eficaz no tratamento da hiperlipidemia


 


Data:            01/09/2011
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro



 

Pesquisadores canadenses publicaram na revista científica JAMA (The Journal of the American Medical Association) um estudo que mostra a capacidade de alimentos com propriedades anti-hiperlipidêmicas em serem mais eficazes na redução do LDL-c (lipoproteína de baixa densidade) do que a dieta com baixo teor de gordura saturada.

Os autores do estudo buscaram investigar os alimentos com reconhecida capacidade em diminuir os níveis de colesterol e compará-los com a orientação nutricional baseada apenas na redução da gordura saturada.

Trata-se de um estudo multicêntrico e randomizado que avaliou 267 participantes com hiperlipidemia. Os voluntários foram acompanhados durante seis meses e divididos nos seguintes tipos de orientações dietéticas:

Grupo 1 (Dieta rica em alimentos com propriedades anti-hiperlipidêmicas de orientação intensiva): este grupo contou com 83 participantes que receberam sete consultas nutricionais ao longo dos seis meses. Foram enfatizadas a ingestão diária de fibras solúveis, proteínas da soja, fitoesterois e nozes, bem como a redução de gordura saturada da dieta.

Grupo 2 (Dieta rica em alimentos com propriedades anti-hiperlipidêmicas de orientação leve): este grupo contou com 94 participantes que receberam duas consultas nutricionais ao longo dos seis meses. Foi enfatizado a mesma ingestão alimentar do grupo intensivo.

Grupo 3 (Dieta com baixo teor de gordura saturada): este grupo contou com 90 participantes que receberam duas consultas nutricionais ao longo dos seis meses. Foi enfatizada apenas a redução de gordura saturada da dieta.

Ao final do estudo, ou seja, após seis meses, foi aplicado em cada grupo um recordatório alimentar de sete dias. O grupo 1 reduziu em 13,8% os níveis de LDL-c, com uma redução em 26 mg/dL nos níveis plasmáticos (95% CI, -31 a -21 mg/dL, p < 0,001). O grupo 2 reduziu em 13,1% os níveis de LDL-c, sendo a redução em 24 mg/dL no plasma (95% CI, -30 a -19 mg/dL, p < 0,001). Já o grupo 3 apresentou redução de apenas 3,0%, que representou uma redução em 8 mg/dL no plasma (95% CI, -13 a -3 mg/dL, p = 0,002).

“Nosso trabalho representa o primeiro estudo randomizado que avalia a capacidade de alimentos específicos em reduzir os níveis LDL-c em seis meses. Esses resultados são importantes para reduzir a mortalidade por doença cardiovascular em pacientes com hiperlipidemia”, comentam os autores.

“Acreditamos que esta abordagem tem aplicação clínica satisfatória, pois obtivemos a redução de 13% do LDL-C com apenas duas consultas em seis meses, além de terem sido associados com boa taxa de adesão ao tratamento. Entretanto, são necessários mais estudos para determinar se a redução do colesterol com estes alimentos está associada com menores taxas de doenças cardiovasculares”, concluem.
Referência(s)
Jenkins DJ, Jones PJ, Lamarche B, Kendall CW, Faulkner D, Cermakova L et al. Effect of a dietary portfolio of cholesterol-lowering foods given at 2 levels of intensity of dietary advice on serum lipids in hyperlipidemia: a randomized controlled trial. JAMA. 2011;306(8):831-9.


Açúcar: Qual a melhor opção?


Conhecendo um pouco a história: o açúcar já era produzido desde a Antiguidade por indianos e persas, extraído da cana. Foram os árabes que o apresentaram aos europeus  por volta do século X, como especiaria exótica e caríssima. No século XVI, 1 kg de açúcar era vendido por 10 cabeças de gado! O açúcar entrou para civilização Ocidental e evoluiu para a condição de fármaco que dava corpo e sabor doce a xaropes, avançou para a condição de especiaria apreciada pelas elites burguesas e finalmente saltou para a mesa de todos. Essa trajetória só foi possível graças a uma produção que ganhou escala cada vez maior depois que espanhóis e portugueses trouxeram para o novo mundo a cultura da cana-de-açúcar.
É comum chamar de açúcar tudo o que tem o poder de adoçar o alimento. Podendo ser o mel, adoçantes, açúcar de mesa (açúcar branco) e suas variações.
“Açúcar é a sacarose obtida de Saccoharum officinarum ou de Beta alba, L., por processos industriais adequados”, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Na nossa alimentação pode estar presente em duas maneiras:
  • açúcar intrínseco (dentro de frutas, vegetais ou doces);
  • açúcar extrínseco (adicionado às preparações).
Ele é extraído, sobretudo da cana-de-açúcar e da beterraba.
Tipos mais comuns de açúcar encontrados nos mercados:
  • Refinado ou branco: é o mais prejudicial. No refinamento, seus sais minerais e vitaminas são perdidos e inúmeros produtos químicos são utilizados para que o açúcar fique branco, solto e bonito, motivo este que leva à perda de seus nutrientes.
  • Cristal: com grânulos grandes, difíceis de serem dissolvidos, passa por refinamento, mas conserva 10% dos sais minerais;
  • Confeiteiro: muitíssimo refinado, recebe amido de arroz, de milho ou fosfato de cálcio para os minicristais não se juntarem novamente. Normalmente usado no preparo de doces;
  • Light: combina açúcar refinado a adoçantes artificiais. Porém contém mais aditivos químicos;
  • Demerara: de cor marron-clara, passa por leve refinamento e não tem aditivo químico. Tem alto valor nutricional;
  • Mascavo: é escuro e úmido (cuidado com a umidade devido a presença de fungos). Por não ser refinado, conserva cálcio, ferro e sais minerais. Tem acentuado gosto de cana.
O açúcar orgânico é um produto de granulação uniforme, produzido sem nenhum aditivo químico, tanto na fase agrícola como na industrial, e pode ser encontrado nas versões claras e dourada. Além disso o açúcar orgânico utiliza processos apoiados na sustentabilidade do meio ambiente, desde plantio até etapa final. No mercado já existem algumas opções, como o açúcar cristal orgânico e o açúcar demerara orgânico. Vale lembrar que o demerara possui mais nutrientes que o cristal, mesmo sendo orgânico.



Nutrientes
Refinado
Mascavo / Demerara
Energia
387kcal
376kcal
Carboidratos
99,9g
97,3g
Proteínas
-
-
Vitamina B1
-
0,01mg
Vitamina B2
0,02mg
0,01mg
Vitamina B6
-
0,03mg
Cálcio
1mg
85mg
Magnésio
0mg
29mg
Cobre
0,04mg
0,03mg
Fósforo
2mg
22mg
Potássio
2mg
346mg


Adaptado da Tabela de Composição de Alimentos. Sônia Tucunduva

O excesso de açúcar no organismo leva a alterações como cáries, superacidez (que provoca perda de minerais importantes como por exemplo o fósforo e o cálcio), até a desordens como Resistência a Insulina, Diabetes e até aumento de Triglicerídeos, colesterol, e como consequência a obesidade. Lembre-se: nosso organismo não é preparado para receber excessos dessa carga química.

O ideal é não consumir produtos e alimentos com grandes quantidades de açúcar e adoçantes (principalmente artificiais), como refrigerantes e doces de padaria. Saiba que até pão, pizza, molho shoyo, guaraná “natural” e vinho possui açúcar (olho no rótulo). Evite adicionar em sucos, chás e café, e quando fazê-lo tomar muito cuidado na quantidade (sempre pouco) e buscar pela melhor opção de açúcar: quanto mais escuro e orgânico, mais nutrientes são preservados e menos química é adicionada. Seu organismo agradece!

Muita saúde a todos!
Referências:
  • Tabela de  Composição de Alimentos. Sônia Tucunduva Philippi
  • Açúcar: O perigo doce. Fernando Carvalho.
  • Nux Nutrição Avançada


 Dieta inibe o desenvolvimento e progressão do câncer

Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro

 
Estudo publicado na revista científica Cancer Research mostrou, com resultados pré-clínicos consistentes, a capacidade de uma dieta com baixo teor de carboidrato em evitar o ganho de peso, mas também inibir o desenvolvimento e progressão do câncer, em camundongos.
Os pesquisadores testaram a hipótese de que células cancerígenas dependem de mais glicose para o seu crescimento do que as células normais. Assim, o objetivo do estudo foi investigar os efeitos de uma dieta com baixo teor carboidratos e rica em proteínas sobre a taxa de crescimento de tumores.
Foram injetadas células de carcinoma colorretal nos camundongos e, em seguida, os animais foram divididos em diferentes grupos, recebendo as seguintes dietas:
Grupo dieta ocidental: contendo 55,2% de carboidratos (CHO, rico em sacarose), 23,2% de proteínas (ptna) e 21,6% de lipídios (lip);
Grupo 8% CHO: contendo 8% de CHO (rico em sacarose), 69,4% de ptna e 22,6% de lip;
Grupo 10% CHO: contendo 10,6% de CHO (rico em amilose), 63,5% de ptna e 25,9% de lip;
Grupo 15% CHO: contendo 15,6% de CHO (rico em amilose), 58,2% de ptna e 26,2% de lip.
Dentre os grupos estudados, os autores observaram que os tumores cresceram mais lentamente nos animais do grupo 10% CHO (p<0,05), devido à presença de CHO com alto teor de amilose. Os animais do grupo 8% CHO apresentaram menor crescimento tumoral em relação ao grupo dieta ocidental, mas não em relação ao grupo 10% CHO e 15% CHO, pois o seu conteúdo de carboidrato foi composto por sacarose e, interessantemente, apresentaram perda de peso acentuada.
Os pesquisadores verificaram que a dieta do grupo 15% CHO, composta principalmente por amilose (CHO complexo), reduziu a incidência de tumores em modelo animal que desenvolveu câncer de mama espontâneo. Isso mostra que a dieta com baixo teor de carboidrato inibe tanto a proliferação do câncer quanto o processo de iniciação da carcinogênese.
“Mostramos com o nosso estudo que a dieta com baixa ingestão de carboidratos simples e rica em proteínas retarda o crescimento e reduz a incidência de tumores, bem como melhora a resposta a terapias existentes, sem levar à desnutrição ou insuficiência renal”, destacam os autores.
“Concluímos que essa abordagem dietética tem benefícios potenciais na redução da incidência e tratamento do câncer. Há necessidade, portanto, de uma investigação mais aprofundada de sua aplicabilidade na clínica, especialmente em combinação com terapias existentes”, concluem.

Referência(s)Ho VW, Leung K, Hsu A, Luk B, Lai J, Shen SY, et al. A low carbohydrate, high protein diet slows tumor growth and prevents cancer initiation. Cancer Res. 2011;71(13):4484-93.

O Mundo Unido Contra a Fome
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) promoveu no dia 16 de outubro o Dia Mundial da Alimentação. Entre seus principais objetivos está o fortalecimento da consciência pública sobre o problema da fome no mundo.

Segundo as últimas estatísticas divulgadas pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Roma, Itália, pela primeira vez em 15 anos houve uma diminuição do número de pessoas com fome no mundo. A FAO estima que, de 2009 para 2010, o número de pessoas famintas caiu de 1.023 milhões para 925 milhões. Nos países da América Latina e Caribe, a queda foi de 53,1 milhões em 2009 para 52,5 milhões em 2010 1.

Para os especialistas, a diminuição da fome mundial pode ser atribuída, principalmente, à situação econômica mais favorável no ano de 2010 e à queda dos preços dos alimentos 1.

Entretanto, de acordo com as palavras do diretor-geral da FAO, Dr. Jacques Diouf, a fome continua sendo a maior tragédia e o maior escândalo do mundo, sendo que os números de pessoas subnutridas seguem inaceitavelmente altos.

Além do aporte alimentar insuficiente, outras causas comuns de desnutrição são: o desmame precoce, a higiene precária na preparação dos alimentos e a incidência repetida de infecções, principalmente doenças diarreicas e parasitoses intestinais 2.

Embora o Brasil esteja cada dia mais perto de vencer o desafio da fome e da desnutrição, muitos indivíduos ainda convivem com esse flagelo social. A distribuição da desnutrição infantil no país possui diferenças regionais significativas 2.

Nas áreas urbanas do Centro-Sul, onde a situação é mais favorável, a frequência de desnutrição é apenas pouco superior à observada em países desenvolvidos. Por outro lado, as condições no Nordeste rural fazem com que a região se aproxime das estatísticas dos países mais pobres do mundo.

Com o intuito de reunir cidadãos e governantes de todos os países em prol de uma causa única - erradicar a fome crônica no mundo -, a FAO celebra a cada 16 de outubro o Dia Mundial da Alimentação.

A data coincide com a fundação da Organização em 1945, e apresenta dentre os objetivos específicos: estímulo da produção agrícola; cooperação técnica e econômica entre os países em desenvolvimento; promoção da participação das populações rurais nas decisões e atividades que afetam diretamente suas condições de vida; fortalecimento da consciência pública sobre o problema da fome no mundo e o estímulo à solidariedade interna e externa na luta contra a fome, a desnutrição e a pobreza 3.

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A POF 2008-2009 e o estado nutricional dos brasileiros

Os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009 apontam que uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso recomendado pela OMS.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde (MS), divulgou no final de agosto os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008-2009. Foram analisados os dados de peso, estatura e Índice de Massa Corpórea (IMC) de mais de 188 mil pessoas em todas as regiões do país

Seus resultados foram comparados com o Estudo Nacional da Despesa Familiar de 1974-1975, com a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição de 1989 e com a POF de 2002-2003, para obtenção da tendência secular [1].

Com a divulgação dos dados, o que era apenas um receio para muitos profissionais de saúde, tornou-se realidade: o excesso de peso e a obesidade são encontrados com grande freqüência entre a população brasileira já a partir dos 5 anos de idade, em todos os grupos de renda e em todas as regiões do país. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos (33,5%) estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ultrapassando padrões internacionais [2].

Por outro lado, a boa notícia é que o déficit de estatura – considerado um indicador de desnutrição – caiu para 6,8% entre as crianças da mesma faixa etária, sendo ligeiramente maior entre os meninos (7,2%) que entre as meninas (6,3%).

A região Norte contempla a maior concentração de baixa estatura e a região Sul a menor. O déficit de peso estava presente entre 4,1% das crianças em 2009, com pouca variação entre os gêneros [2].

A avaliação do estado nutricional dos jovens entre 10 e 19 anos também revelou um aumento contínuo de peso nos últimos 34 anos, sendo mais perceptível no gênero masculino. A análise mostrou que 21,5% dos adolescentes estavam com excesso de peso e que a obesidade apresentava tendência ascendente, passando de 0,4% para 5,9% entre os rapazes e de 0,7% para 4,0% entre as meninas [2].

Na população adulta, o quadro é ainda mais inquietante, já que o excesso de peso quase triplicou entre os homens (de 18,5% em 1974-1975 para 50,1% em 2008-2009) e representou 48% entre as mulheres. Os valores para obesidade foram de 12,4% para o gênero masculino e 16,9% para o feminino [2].

Segundo os dados da POF, os homens com maior taxa de renda foram os mais atingidos pelo excesso de peso e obesidade, além de se destacarem nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos domicílios urbanos. Entre as mulheres, as duas condições se destacaram no Sul do país e nas classes intermediárias de renda [2].

Considerando que o excesso de peso entre os adultos tem aumentado mais de um ponto percentual ao ano, é possível prever que em cerca de dez anos dois terços da população adulta do Brasil se enquadrará dentro desta classificação, atingindo proporção idêntica à encontrada atualmente nos EUA [2,3,4].

Por meio de uma serie de relatórios e ações, a OMS vem alertando os governos sobre o impacto da obesidade na saúde pública e na economia dos países, indicando a necessidade de programas que propiciem padrões alimentares saudáveis e a prática de atividade física regular.

Nesse sentido, os profissionais de saúde exercem papel fundamental como formadores de opinião, educadores e incentivadores de um estilo de vida que promova o balanço energético e a ingestão de alimentos básicos, que incluem arroz, feijão, hortaliças e frutas.


 


 


 

Políticas para redução da ingestão de sódio


Autora: Rita de Cássia Borges de Castro


 


 


 

Probióticos por: Ana Paula B. M. Castro



 

 

Ingestão de chá mate aumenta a proteção antioxidante em pacientes com dislipidemia


Data:            25/05/2012
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro


Estudo publicado na revista Nutrition por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina concluiu que a ingestão de chá mate aumenta a proteção antioxidante em pacientes com dislipidemia.

Trata-se de um estudo clínico randomizado que avaliou 74 indivíduos dislipidêmicos maiores de 18 anos de idade. A dislipidemia foi caracterizada de acordo com as “IV Diretrizes Brasileiras de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose”, tendo um desses parâmetros alterados: colesterol total (CT) ≥200mg/dL ou LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) ≥130mg/dL ou colesterol HDL-colesterol (lipoproteína de alta densidade) ≤40mg/dL para mulheres, ou ≤50mg/dL para os homens.

Inicialmente, os participantes passaram por 30 dias de monitoramento bioquímico, antropométrico e dietético. Após esse período, os indivíduos foram divididos aleatoriamente em três grupos: chá mate (n=23); chá mate associado com intervenção dietética (n=25); e somente intervenção dietética (n=26).

Os pacientes dos grupos chá mate e chá mate mais intervenção dietética receberam folhas picadas de erva-mate comercial torradas e foram instruídos para o preparo das infusões. Após 10 minutos de infusão, o chá foi filtrado e consumido imediatamente, sem açúcar ou quaisquer substâncias para adoçar, sendo orientados para beber 330 ml de chá mate três vezes por dia, principalmente com as refeições (café da manhã, almoço e jantar), totalizando cerca de 1L por dia durante 90 dias.

Os indivíduos dos grupos que foram submetidos a intervenção dietética receberam aconselhamento nutricional para aumentar o consumo de frutas, legumes e verduras. Eles também foram instruídos a reduzir o consumo de alimentos ricos em colesterol, ácidos graxos saturados e trans. Todos os participantes foram avaliados no início do estudo, bem como em 20, 40, 60 e 90 dias após o início do estudo.

Os três tratamentos promoveram o aumento dos níveis séricos de glutationa reduzida (GSH), um marcador de atividade antioxidante, mas o grupo chá mate apresentou um maior aumento quando comparado com os outros grupos (21,7%, p<0,05). Além disso, o potencial antioxidante de redução do ferro (FRAP), outro marcador de atividade antioxidante, aumentou significativamente (p<0,05) apenas nos grupos com chá mate após 90 dias de intervenção. Houve também redução significativa nos níveis de LDL-colesterol apenas no grupo chá mate, que reduziu de 160,2 ± 5,7 mg/dL para 150,1 ± 4,8 mg/dL (p<0,05).

“Os resultados deste estudo demonstraram um aumento na capacidade antioxidante em indivíduos dislipidêmicos após a ingestão de chá mate em longo prazo, sugerindo que este pode apresentar efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares nesses pacientes. No futuro, intervenções dietéticas e estudos de longo prazo devem ser realizados para avaliar o efeito antioxidante de erva-mate na prevenção de doenças cardiovasculares”, concluem os autores.

Referência(s)
Boaventura BC, Di Pietro PF, Stefanuto A, Klein GA, de Morais EC, de Andrade F, et al. Association of mate tea (Ilex paraguariensis) intake and dietary intervention and effects on oxidative stress biomarkers of dyslipidemic subjects. Nutrition. 2012;28(6):657-64.


 

1. O consumo de probióticos traz benefícios ao sistema imune?

R: c. Sim, pois os probióticos podem ativar macrófagos locais, estimular a produção de imunoglobulina A (IgA), produzir substâncias antibacterianas (como as defensinas) e auxiliar na prevenção da alergia alimentar.

2.Os probióticos podem aumentar a atividade fagocitária das células imunes?

R: b. Sim, os probióticos podem estimular a atividade fagocítica de macrófagos, podendo exercer uma ação sistêmica ao organismo humano.

3. Como o sistema imune reconhece que as bactérias são benéficas ou patogênicas?

R: c. Através de células apresentadoras de antígenos que reconhecem fragmentos das bactérias e passam o sinal para células especializadas.

Texto explicativo:

O intestino vem sendo considerado o órgão mais importante relacionado com o sistema imune (cerca de 70% das células de defesa residem no intestino), além de apresentar a maior área de superfície em contato com os antígenos do ambiente externo1,2.

As propriedades imunológicas da mucosa intestinal são fornecidas pelo tecido linfóide associado ao intestino (GALT) e pelo tecido linfóide associado à mucosa (MALT), que contêm agregados linfóides, incluindo as placas de Peyer e folículos isolados3.

Os probióticos podem, por exemplo, aumentar a secreção de imunoglobulina A (Ig A) produzida pelos linfócitos B, o que limitará a colonização epitelial por bactérias patogênicas; estimular a atividade fagocítica de macrófagos, podendo exercer uma ação sistêmica ao organismo humano; aumentar a atividade das células exterminadoras ou natural killer, dentre outras ações4.

Ainda, os probióticos também podem modular a ação de células dendríticas, células encontradas em todo o epitélio intestinal, em um estado imaturo e que são ativadas quando expostas às moléculas específicas de bactérias patogênicas. Através dessas células o sistema imune distingue as bactérias benéficas das patogênicas, pois as células enviam sinais diferenciados para células especializadas (como células T helper ou T regulatórias), dependendo do tipo de bactéria2.

Assim, a modulação do sistema imune é um dos efeitos benéficos dos probióticos sobre a saúde humana3.

Referências:

1. Vighi G, Marcucci F, Sensi L, Di Cara G, Frati F. Allergy and the gastrointestinal system. Clin Exp Immunol. 2008 Sep;153 Suppl 1:3-6.

2. Sekirov I, Russell SL, Antunes LC, Finlay BB. Gut microbiota in health and disease. Physiol Rev. 2010 Jul;90(3):859-904.

3. Delcenserie V, Martel D, Lamoureux M, Amiot J, Boutin Y, Roy D. Immunomodulatory effects of probiotics in the intestinal tract. Curr Issues Mol Biol. 2008;10(1-2):37-54.

4. Ohland CL, Macnaughton WK. Probiotic bacteria and intestinal epithelial barrier function. Am J Physiol Gastrointest Liver Physiol. 2010;298(6):G807-19.


Atividade física e controle do colesterol

Marcio Marega


·         Educador Físico e Fisioterapeuta, especialista em aparelho locomotor no esporte e fisiologia do exercício. MBA em gestão de saúde, educador em Diabetes. Responsável pelo programa Anti-sedentarismo do Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein. Autor do livro: Manual de Atividades Físicas para a Prevenção de Doenças.


1. Atualmente, a atividade física é reconhecida como um componente fundamental em intervenções para o controle de fatores de risco cardiovascular. O que as evidências científicas mostram com relação ao impacto da atividade física sobre a concentração total de colesterol, LDL-c e HDL-c?

Pesquisas mostram que a prática regular de atividades físicas possui um impacto substancial na dislipidemia, na prevenção de doenças e na promoção de saúde, e quando associada à aquisição de hábitos mais saudáveis os benefícios podem ser exacerbados. Os efeitos da atividade física relacionados ao HDL-c podem ser potencializados com o aumento da energia gasta durante o exercício, por meio da intensidade ou duração, e com alterações na composição corporal envolvendo a redução de gordura. Estudos indicam que o LDL-c também apresenta uma diminuição de 7,6% quando associados atividade física, dieta e perda de 10% na composição corporal.  Especificamente, o exercício físico proporciona o aumento nas concentrações de HDL-c no sangue, assim, como consequência, de forma indireta observa-se a diminuição dos níveis plasmáticos de LDL-c, uma vez que o HDL-c, conhecido como colesterol bom, possui como principal função o transporte reverso do LDL-c, um dos responsáveis pela formação da placa de ateroma.  Outro fator importante é a ação antioxidante do HDL-c, que pode ser encontrado em níveis elevados após um programa de treinamento. 

·    2. A atividade física é capaz de melhorar os níveis plasmáticos de triglicérides e a lipemia pós-prandial?
Sim. Estudos apontam melhora significativa nos níveis de triglicérides e lipemia pós prandial com a prática regular de atividade física.

  

3. Indivíduos sob terapia hipolipemiante (ex: estatinas) são beneficiados da mesma forma?

Em indivíduos que realizam tratamento com hipolipemiante, além dos benefícios proporcionados pelo medicamento o controle da hiperlipidemia se torna mais eficaz com a prática regular de exercícios físicos. 

  

4. Existe a vantagem de algum tipo de exercício sobre outro quanto a sua capacidade de melhorar o perfil lipídico? Há  alguma contraindicação?

Tanto exercícios de predominância aeróbia quanto treinamento resistido trazem benefícios para o controle do perfil lipídico, porém, melhoras mais significativas ainda são comprovadas em exercícios cíclicos de predominância aeróbia como caminhadas, ciclismo e corridas. Não há contraindicação, apenas deve-se respeitar a condição física atual do individuo para a prescrição correta dos exercícios.

  

5. Para obter os melhores resultados, qual a duração e frequência recomendada de atividade física?

Para reduzir o risco de doenças e promover saúde a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que se acumule 30 minutos de atividades físicas de intensidade moderada em 5 dias da semana, porém, para a maioria das pessoas, benefícios maiores serão encontrados em atividades físicas mais vigorosas e com maior duração. Vale salientar que os exercícios físicos realizados de modo crônico possuem um melhor resultado que aqueles realizados de forma aguda, portanto, a disciplina no exercício físico é essencial.























Dieta Mediterrânea na Gestação

Fitoesteróis e diminuição de triglicérides plasmáticos

 

A hipertrigliceridemia é um fator de risco cardiovascular de elevada prevalência. Nos Estados Unidos, estima-se que 31% dos adultos tenham concentração plasmática de triglicérides superior a 150 mg/dL. A hipertrigliceridemia aumenta o risco cardiovascular mesmo na presença de concentração plasmática adequada de LDL-colesterol (LDL-c), e por isso, há necessidade de tratamento baseado em alimentação saudável, redução do peso e atividade física regular5.
No contexto da alimentação saudável, estudos têm investigado se o efeito positivo de fitoesteróis sobre a concentração de LDL-c se estende também aos triglicérides plasmáticos
1
.

Demonty et al. (2012)
1
 realizaram uma análise combinada de 12 ensaios clínicos aleatorizados que avaliaram os efeitos de fitoesteróis sobre a concentração plasmática de triglicérides.
Foram incluídos, no total, 935 pacientes com hipercolesterolemia. Na maioria dos estudos, a ingestão de fitoesteróis variou entre 1,6 e 2,5 g/dia. Houve redução significativa, de 6% nas concentrações plasmáticas de triglicérides, a qual se mostrou dependente das concentrações iniciais. Nenhum efeito foi observado com relação à concentração plasmática de HDL-c.

O mecanismo pelo qual o consumo de fitoesteróis reduz a concentração plasmática de triglicérides foi investigado por Plat & Mensink (2009)
3. Neste estudo, os pesquisadores utilizaram amostras de sangue de indivíduos que participaram de estudos de intervenção com fitoesteróis durante oito semanas. No primeiro estudo, participaram pacientes com dislipidemia e síndrome metabólica (SM) que receberam 2g de fitoesteróis/dia, e no segundo, pacientes normolipidêmicos que receberam 3,8 a 4,1 g de fitoesteróis/dia. 

 

Nos indivíduos com SM, a ingestão de fitoesteróis reduziu a concentração de partículas de VLDL grandes e médias, comparado aos controles. Nos normolipidêmicos, a concentração sérica de partículas de VLDL grandes também diminuiu, embora de maneira menos pronunciada.

Com base nestes achados, postulou-se a hipótese de que o efeito dos fitoesteróis sobre a concentração plasmática de triglicérides deriva de sua capacidade de influenciar a produção hepática de grandes partículas de VLDL ricas em triglicérides
3
.
Rideout et al. (2010)
4
 caracterizaram em ratos as mudanças no metabolismo de triglicérides após intervenção com dieta contendo 2% de sua composição em fitoesteróis por 6 semanas, comparado a animais que receberam dieta controle, isenta de fitoesteróis.

O consumo de fitoesteróis reduziu significativamente as concentrações plasmáticas (-28%) e hepáticas (-30%) de triglicérides, comparado aos ratos com dieta controle. A ingestão de fitoesteróis também levou a aumento da excreção fecal de ácidos graxos e redução do peso corporal.

Na ausência de estudos de intervenção em humanos que quantifiquem diretamente a redução do risco cardiovascular resultante da diminuição exclusiva de triglicérides, ainda é difícil determinar se o efeito adicional de 6% de diminuição de sua concentração plasmática é clinicamente relevante comparado à redução média de 10% no LDL-c alcançada por meio do consumo de 2g de fitoesteróis/dia
2

 

De maneira geral, na hiperlipidemia mista, quando há aumento concomitante de LDL-c e triglicérides, a ingestão de pelo menos 2 g de fitoesteróis/dia por meio do consumo de produtos enriquecidos, como creme vegetal, já se justifica pela sua eficácia em reduzir a concentração plasmática de LDL-c. Pesquisas adicionais precisam esclarecer quais tipos de intervenção, incluindo dieta e mudanças no estilo de vida, beneficiam positivamente a hipertrigliceridemia isolada1

 

Referências:

1) Demonty I, Ras RT.
The effect of plant sterols on serum triglyceride concentrations is dependent on baseline concentrations: a pooled analysis of 12 randomised controlled trials. Eur J Nutr 2012 Jan 18. [Epub ahead of print].
2) Katan MB, Grundy SM, et al. Efficacy and safety of plant stanols and sterols in the management of blood cholesterol levels. Mayo Clin Proc 2003; 78: 965-978.
3) Plat J, Mensink RP. Plant Stanol Esters Lower Serum Triacylglycerol Concentrations via a Reduced Hepatic VLDL-1 Production. Lipids 2009; 44: 1149-1153.
4) Rideout TC, Harding SV, Jones PJ. Consumption of plant sterols reduces plasma and hepatic triglycerides and modulates the expression of lipid regulatory genes and de novo lipogenesis in C57BL/6J mice. Mol Nutr Food Res 2010; 54 (Suppl 1): S7-13.
5) Talayero BG, Sacks FM. The role of triglycerides in atherosclerosis. Curr Cardiol Rep 2011; 13(6): 544-552.
6) Theuwissen E, Plat J, et al. Plant Stanol Supplementation Decreases Serum Triacylglycerols in Subjects with Overt Hypertriglyceridemia.
Lipids 2009; 44: 1131-1140.

 

http://www.unileverhealthinstitute.com.br/





O sal sempre acompanhou o desenvolvimento da humanidade e durante muito tempo foi considerado um precioso condimento para preservação de alimentos.  
De alguns anos para cá, a preocupação com o conteúdo de sódio dos alimentos que consumimos tem crescido, já que a ingestão excessiva está relacionada ao aumento da pressão sanguínea, maior fator de risco para doenças cardíacas e infarto.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a cada ano cerca de 12 milhões de pessoas morram por problemas cardíacos ou acidentes cardiovasculares, número muito maior do que o de fatalidades em decorrência da violência ou de acidentes de trânsito. 
Uma redução da ingestão diária de sal para apenas 3 gramas por dia -  aproximadamente 25% da ingestão média atual poderia evitar 32.000 acidentes vasculares cerebrais e 54 mil infartos por ano, segundo pesquisas realizadas na universidade da Califórnia .
De acordo com uma pesquisa do IBGE, realizada em 2003, o brasileiro consome 9,6 g de sódio por dia, quase o dobro do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (5 g). Os inúmeros males que o produto pode causar à saúde levaram a OMS a incluir o sal entre as substâncias que precisam ser reduzidas na alimentação.
E devido a isso, o teor de sódio em 16 categorias de alimento deverá ser reduzido a partir de 2012. A medida está prevista em um acordo que foi assinado no dia 7 de abril deste ano, entre o ministério da Saúde, e associações das indústrias de alimentos.
A redução será gradual. Os primeiros alvos são massas instantâneas, pães de forma e bisnagas. De 2012 a 2014, eles terão de reduzir em até 30% o teor de sódio.
Porém, somente as ações do governo não são suficientes para a redução dessa ingestão, sendo necessária, também, a modificação no pensamento em relação à redução no consumo desse micronutriente diariamente.
Fonte da imagem: http://www.google.com/.br
Fonte da Notícia: www.portaldocoracao.uol.com.br



Agência Nacional de Vigilância Sanitária E. coli na Alemanha
NOTA TÉCNICA

Atualização sobre surto causado por E. coli na Alemanha

http://www.rki.de/cln_151/nn_217400/EN/Home/PM082011.html e
Recomendações

Em 10 de junho de 2011, o Instituto Federal de Análise de Risco (BfR), o Serviço
Federal de Proteção ao Consumidor e Inocuidade de Alimentos (BVL) e o Instituto Robert Koch
(RKI) chegaram à conclusão sobre a origem do surto causado pela bactéria
ocorrendo na Alemanha.
Após investigações epidemiológicas e da cadeia produtiva, os pesquisadores
concluíram que a origem do surto está em brotos, incluindo feno-grego, feijão mungo,
lentilhas, feijão azuki e alfafa, produzidos em uma fazenda na Baixa Saxônia, ao sul de
Hamburgo, localidade onde concentra-se a maior parte dos casos.
Desse modo, a recomendação inicial de se evitar o consumo de pepinos, tomates e
alface na região norte da Alemanha está suspensa. Agora, a orientação é para que os
consumidores alemães evitem o consumo de brotos crus. Além disso, donas de casa e
estabelecimentos de alimentos desse país devem desfazer-se de quaisquer brotos
armazenados ou alimentos que tiveram algum contato com esses brotos.
Hábitos de higiene devem ser rigorosamente respeitados, em especial durante a
manipulação dos alimentos e contato com pessoas doentes.
Em adição, foi determinado o recolhimento do mercado de todos os alimentos
originários da fazenda na Baixa Saxônia.
E. coli enterohemorrágica (EHEC) e 31 óbitos haviam sido notificados em 16 países, sendohttp://www.euro.who.int/en/what-we-do/healthtopics/
Número de casos

O RKI confirmou que o número de casos de infecção por EHEC vem diminuindo,
possivelmente devido à redução do consumo vegetais crus e também pelo desaparecimento
gradual da fonte da infecção.
Até a data de ontem, 9 de junho, 3092 casos de Síndrome Hemolítica Urêmica (SHU) e
de 14 situados na Europa. Na Alemanha, foram registrados 2229 casos de EHEC, com 9 óbitos, e
759 casos de SHU, sendo 21 fatais. Nos Estados Unidos, foram notificados 3 casos de SHU e 1
caso suspeito de EHEC e no Canadá, houve relato de 1 caso suspeito de EHEC. Com exceção de
dois casos, todos os demais estão vinculados a pessoas que estiveram na Alemanha.
O Escritório Regional da Organização Mundial da Saúde vem atualizando diariamente o
número de casos notificados. Maiores informações, disponíveis em inglês, podem ser
consultadas no site: emergencies/international-health-regulations/ehec-outbreak-in-germany
Data:            16/06/2011
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Créditos à página eletrônica da USDA


O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), juntamente com a equipe anti-obesidade comandado pela primeira-dama, Michelle Obama, propuseram substituir a pirâmide alimentar (MyPyramid), por um prato denominado MyPlate.

Este novo modelo tem o objetivo de educar a população sobre os princípios da alimentação saudável, que leva em consideração as diretrizes alimentares para a população americana publicada em 2010. O prato ilustra cinco alimentos que devem fazer parte de uma refeição, dividido nas seguintes seções: frutas, verduras, grãos, proteínas e um círculo menor, ao lado do prato, representando os laticínios.

O motivo da substituição é incentivar mais claramente o maior consumo de frutas e vegetais nas refeições, o que não era possível no modelo da pirâmide alimentar. Além disso, este novo modelo irá alertar os consumidores em relação ao tamanho das porções, maior ingestão de água e menor de refrigerantes e bebidas açucaradas. No entanto, trata-se de uma ferramenta para facilitar a compreensão do público em relação aos hábitos alimentares saudáveis, não excluindo a orientação nutricional individualizada, que deve ser realizada por profissional especializado.

Para auxiliar profissionais e a população geral, a USDA criou uma página na internet para fornecer informações sobre o MyPlate (www.choosemyplate.gov), apresentando as seguintes mensagens principais:

·Aproveite o seu alimento, mas coma menos;

·Evite grandes porções;

· Monte o seu prato com metade de frutas e legumes;

· Consuma leite desnatado ou semi-desnatado;

· Consuma grãos integrais;

· Opte por alimentos com menor teor de sódio;

· Beba bastante água e menos bebidas açucaradas.

Leia também:
Diretrizes Alimentares 2010

Referência(s)Neuman W. Nutrition Plate Unveiled, Replacing Food Pyramid. Disponível em: http://www.nytimes.com/2011/06/03/business/03plate.html?_r=1. Acessado em 10/06/2011.


http://www.bfr.bund.de/en/press_information/2011/16/ehec__current_state_of_knowledge
_concerning_illnesses_in_humans-70930.h

O que são telômeros e qual sua relação com os nutrientes?


Os telômeros são estruturas constituídas por uma sequência repetida de nucleotídeos (TTAGGG; T=timina, A=adenina, G=guanina) e por proteínas, localizados em cada uma das extremidades de um cromossomo. A presença dos telômeros impede que a extremidade de um cromossomo entre em fusão com outro cromossomo, sendo fundamentais para a manutenção da integridade cromossômica.

Na maioria das células somáticas os telômeros são encurtados a cada divisão celular até atingirem um comprimento crítico, momento no qual as células entram em senescência. A diminuição dos telômeros é um processo natural durante o ciclo de vida da célula e o envelhecimento celular está estreitamente relacionado à progressiva redução no número de repetições do DNA telomérico.
Porém, em células germinativas e em células tronco, existe a presença da enzima telomerase, que evita o encurtamento dos telômeros a cada divisão celular. A enzima telomerase ativada permite a imortalização celular, sendo importante para estas células que devem ter um tempo de vida prolongado. A repressão da telomerase leva a uma contínua diminuição do tamanho cromossômico, levando à morte celular. No entanto, esta enzima também está ativada em células tumorais e, neste caso, isso é prejudicial, pois a imortalização é uma das características que permitem cada vez mais a sua proliferação.
O encurtamento do comprimento dos telômeros está relacionado não só com o envelhecimento normal, mas também com o estresse, infecções e doenças crônicas. Portanto, a disfunção do telômero está ligada ao desenvolvimento de doenças relacionadas com a idade, incluindo doença de Parkinson e de Alzheimer, doenças cardiovasculares e câncer.
Um marcador inflamatório que pode ser indicativo de medida dos telômeros é a proteína C-reativa (PCR), pois sua concentração plasmática está negativamente correlacionada com comprimento dos telômeros.
Diversos estudos experimentais e em humanos verificaram que alguns nutrientes influenciam o comprimento dos telômeros por meio de suas propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e como cofatores de enzimas relacionadas com a manutenção dos telômeros, como mostra a figura abaixo.


Dentre as principais vitaminas que protegem o comprimento dos telômeros destacam-se: folato, niacina, vitamina B12, vitaminas A, D, C e E. Em relação aos minerais, destaque vem sendo dado ao magnésio, zinco e o ferro, que participam da manutenção da região telomérica. Além disso, pesquisas têm demonstrado que compostos bioativos de alimentos também participam da manutenção do comprimento dos telômeros como os polifenóis, ácidos graxos ômega-3 e curcumina.

Bibliografia (s)
Paul L. Diet, nutrition and telomere length. J Nutr Biochem. 2011 Mar 21. [Epub ahead of print]
Cassidy A, De Vivo I, Liu Y, Han J, Prescott J, Hunter DJ, Rimm EB. Associations between diet, lifestyle factors, and telomere length in women. Am J Clin Nutr. 2010;91(5):1273-80.
Farzaneh-Far R, Lin J, Epel ES, Harris WS, Blackburn EH, Whooley MA. Association of marine omega-3 fatty acid levels with telomeric aging in patients with coronary heart disease. JAMA. 2010;303(3):250-7.
Fenech MF. Dietary reference values of individual micronutrients and nutriomes for genome damage prevention: current status and a road map to the future. Am J Clin Nutr. 2010;91(5):1438S-1454S.
Paul L, Cattaneo M, D'Angelo A, Sampietro F, Fermo I, Razzari C et al. Telomere length in peripheral blood mononuclear cells is associated with folate status in men. J Nutr. 2009;139(7):1273-8.



DISLIPIDEMIAS


As dislipidemias são caracterizadas por níveis elevados de colesterol e/ou triglicerídios no sangue. Representam uma das maiores causas de ataques cardíacos e derrames cerebrais. A alimentação rica em gordura de origem animal é uma das causas do elevado nível de colesterol no sangue. Assim sendo, um dos fatores mais importantes no tratamento e prevenção das dislipidemias é o cuidado com a dieta.


Cuidados Básicos:


1-  Fazer de 4 a 6 refeições por dia, não ficando muito tempo sem se alimentar.

2-  Mastigar bem os alimentos, comendo devagar para facilitar a digestão e estimular sua saciação.

3-  Evitar alto consumo de alimentos ricos em gorduras animal, substituindo-os por outros mais saudáveis que podem ser observados na tabela.

4-  Preferir óleo vegetal: soja, milho, girassol, canola em pequenas quantidades, para preparar suas refeições. Passe a observar o consumo mensal de óleo.

5-  Não comer mais que 3 ovos por semana sempre que possível pode-se substituir as carnes por outro alimento rico em proteínas ex.: soja. Use de 17 a 125 g de proteína texturizada de soja para fazer hamburguers, poderá utilizar batata como ingrediente da receita, fazer assado. 

6-  Enriquecer sua dieta com produtos que contêm boa quantidade de fibras como: cereais integrais, verduras cruas, legumes, feijão e frutas

7-  Cozinhar com pouco sal, preferindo temperos como: alho, cebola, salsinha, cebolinha, limão e vinagre de maçã.

8-  Procurar manter seu peso dentro da faixa ideal, para diminuir o risco de ter problemas cardiovasculares.

9-  Fazer atividade física regular durante no mínimo 30 minutos por dia.

10- Fazer atividade física regular durante no mínimo 30 minutos por dia. Tome 1 copo de suco de laranja antes da atividade física.



Sugestões para substituição de alimentos:


REFEIÇÃO: Café da Manhã

EVITE (ou use com moderação):

-     Manteiga ou margarina comum;

-     Leite, coalhada e iogurte integrais;

-     Queijos amarelos e cremosos;

-     Requeijão em barra,

-     Pães de queijo, pães doces recheados, ou biscoitos amanteigados.

-     Sucos industrializados acrescentados de açúcar.


PREFIRA:

-     Margarinas cremosas ou light, principalmente as enriquecidas com ômega 3;

-     Leite, coalhada e iogurte desnatados;

-     Ricota ou cottage;

-     Requeijão light;

-     Pães: francês, integral; ou pão doce sem recheio, ou biscoitos integrais.

INCLUA:

-     Cereais integrais como aveia, granola e outros;

-     Frutas e sucos naturais.


REFEIÇÃO: Colação.

EVITE (ou use com moderação):

-     Refrigerantes

-     Chips e salgadinhos em geral, principalmente os fritos.

PREFIRA E INCLUA:

-     Frutas, iogurte desnatado, sucos naturais e sem açúcar.


REFEIÇÃO: Almoço

EVITE (ou use com moderação):

-     Carnes gordurosas, torresmo, bacon; pele, miúdos, e o miolos; lingüiça,        salsicha;

-     Gema de ovo;

-     Alimentos preparados com banha ou toucinho

-     Frituras em geral;

-     Miojo (contém godura trans)

PREFIRA:

-     Carnes brancas como: frango (sem pele), peixes magros ou carne de boi magra;

-     Clara de ovo;

-     Alimentos preparados com óleos vegetais líquidos, em pequenas quantidades

-     Alimentos crus ou cozidos.

INCLUA:

-     Saladas de vegetais variados, principalmente crus;

-     Legumes diversos;

-     Leguminosas como: feijão, lentilha, ervilha, grão-de-bico.


REFEIÇÃO: Lanche

EVITE (ou use com moderação):

-     Maionese comum;

-     Embutidos como: mortadela, presunto comum, apresuntado, patê de fígado.

PREFIRA E INCLUA:

-     Siga as mesmas recomendações do café da manhã e da colação.


REFEIÇÃO: Jantar ou Lanche

Siga as mesmas recomendações do almoço ou do lanche, porém consuma menores quantidades, você poderá optar também por sopas, seguindo as observações acima.


Emília Maria Torres de Castro

Nutricionista  CRN – DFF 2863



Alimentação Saudável para crianças



A família deve dar exemplos saudáveis, consumir habitualmente frutas e verduras, isto estimula a criança a consumir os mesmos alimentos. A atitude fala mais alto que qualquer palavra;

Reeducação alimentar familiar;

Evitar excesso de compromissos que possam interferir no horário das refeições;

Não punir as rebeldias. Proibições só pioram a aceitação de determinados alimentos;

Fornecer alternativas alimentares saudáveis;

Estimular o consumo de cálcio: 2 copos de leite ou 2 iogurtes ou 30g de queijo;

Estimular o consumo de alimentos ricos em ferro: consumo de 180 a 200g de carne de preferência as brancas enquanto o colesterol estiver alto, leguminosas e alimentos ricos em vitamina C, para absorver melhor o ferro, nas principais refeições (acerola, caju, goiaba, laranja, kiwi e limão);

Grelhar as carnes com um pouco de azeite de oliva, utilizar o molho de soja light para substituir a gordura;

Fazer farofa de farinha de mandioca e legumes (abobrinha, cenoura, banana, ameixa, salsinha, cebolinha, ou coentro);

Cozinhar o feijão junto com a beterraba e moranga, que além de ser mais nutritivo ajuda na saciedade;

Salpicar gergelim torrado na refeição, principalmente em saladas;

Utilizar o iogurte natural e limão para molhos das saladas;

Ao comer fora de casa, fazer escolhas inteligentes, se fast food, evite porções gigantes e refrigerantes, evitar também as maioneses “integrais”;

Planejar metas e objetivos atingíveis a médio e longo prazo. Cobrar resultados rápidos só faz a criança sentir culpada e ansiosa;

Evitar bebidas diet;

Evitar lanches fora de hora: ideal são 6 refeições ao dia, evitar beliscar fora de hora;

Não forçar a criança comer o que não quer, a insistência traz o risco de reforçar e fixar na alimentação o desejo de luta e de oposição da criança;

Oferecer à criança opções de lazer e atividades físicas, evitando que fique em frente da tv e computador. A recomendação da Academia Americana de Pediatria é que a criança não fique mais de 2 horas em frente à televisão.       


Causas da constipação intestinal

Baixa ingestão de fibras;

Pouca ingestão de líquidos;

Falta de exercícios físicos;

Falta de horário para evacuar pela correria do dia-a-dia;


Dicas para um bom funcionamento intestinal

Estabelecer um horário para ir ao banheiro;

Mastigar bem os alimentos; 

Recomenda-se a partir de 2 anos de idade a seguinte quantidade de fibras:

Idade  +  5 g = 15g/dia  com a idade de 10 anos.

Poderá servir 1/2 colher de sopa de farelo de trigo ao dia, misturado aos alimentos (prato de comida, feijão, sopas, etc). Acompanhado de 6 a 8 copos de água ao dia para o amolecimento das fezes.  

No café da manhã oferecer mamão;

Oferecer frutas com cascas e legumes crus e frescos;

Iogurte e outros probióticos para aumentar o peristaltismo e flora saudável;

No mínimo uma porção de pão, massas e arroz integrais ao dia;

Corn´flakes, granola, sucrilhos são bem aceitos no café da manhã;

Frutas como maçã e banana prata e o chá preto são ricos em tanino podem ressecar o intestino;

A maçã e a pêra com cascas devem ser servidas;

Servir com maior freqüência as frutas in natura que os sucos e estimule o consumo de bagaços;

Estimular a prática dos exercícios físicos, musculatura abdominal forte, facilita o trabalho do intestino;

Diminuir a freqüência de carne vermelha, queijo, açúcar, goiaba, jabuticaba, pães brancos e refrigerantes no cardápio diário;

Misture as hortaliças e legumes nas carnes, bolinhos, arroz e massas, caso a criança tenha dificuldade de aceitação;

Misturar o repolho refogado ao arroz;

Ferver 10 ameixas sem caroço em 1 litro de água. Deixe esfriar e bata no liquidificador. Ofereça para a criança durante o dia. Suco rico em ferro e fibras;

Oferecer frutas secas como ameixa, uvas passas e damasco nos intervalos das refeições (para beliscar);

Bater no liquidificador 1 colher de sopa de semente de linhaça e deixe de molho por uma noite em 200 mL de água. Misture esse suco em feijões e sopas;

Oferecer pipoca feita com pouco óleo ou margarina becel para aumentar o bolo fecal;

Utilizar a aveia (farelo ou flocos) em uma refeição do dia para o bom funcionamento do intestino e redução do colesterol; 

Poderá colocar farinha de trigo integral, farelo de trigo ou aveia nos bolos e pães caseiros;


No jantar servir uma sopa de legumes (cenoura, repolho, tomate, pimentão, cebola, feijão) com uma massa e carne branca. Esta sopa poderá ser batida no liquidificador, caso haja rejeição das hortaliças. Para aromatizá-la colocar salsa ou coentro, cebolinha ou manjericão ou orégano.

Adicione sempre, nas principais refeições já prontas, 1 colher de chá de azeite de oliva extra-virgem;

Obs.: Veja em Cardápios sugestões de lanches para crianças.

Emília M. T. de Castro
CRN - DF 2863 


Toxina transgênica Bt é encontrada no sangue de mulheres grávidas e fetos

 

Uma pesquisa realizada em vilarejos no leste do Canadá detectou a toxina Cry1Ab no sangue de mulheres grávidas, seus fetos e mulheres não grávidas. O estudo, publicado na revista científica Reproductive Toxicology em fevereiro deste ano, foi o primeiro a revelar a presença de Agrotóxicos Associados a Alimentos Transgênicos (PAGMF, na sigla em inglês) circulantes em mulheres grávidas ou não, o que pavimenta o caminho para um novo campo de estudo em toxicologia reprodutiva, incluindo a nutrição e toxicidade útero-placentária.

 

A proteína Cry1Ab é aquela produzida pelo milho transgênico Bt MON810, da Monsanto (comercializado pelo nome YieldGard), que é tóxico a insetos e foi autorizado no Brasil pela CTNBio em 2008.

 

Fonte: GMWatch, 10/04/2011.



Mudanças combinadas no estilo de vida ajudam crianças a manter perda de peso
Data:            12/05/2011
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
 

 

Pesquisadores da Alemanha publicaram na revista Clinical Nutrition um estudo que concluiu que intervenção nutricional e mudanças no estilo de vida em crianças com sobrepeso foram eficazes na perda de peso em longo prazo.

O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia de uma abordagem denominada pelos autores de "Obeldicks Light". Trata-se de um programa de mudança de estilo de vida com base no planejamento nutricional, atividade física, educação e aconselhamento para os pais sobre o comportamento de crianças com sobrepeso.

Foram avaliadas 57 crianças, com idade média de 11,8 ± 1,8 anos, com sobrepeso. Dividiu-se dois grupos: o que recebeu a abordagem "Obeldicks Light" (n= 34) e o controle (n= 23).

O programa de intervenção foi dividido em duas fases: a primeira, fase intensiva (três meses), em que as crianças e os pais participaram de um curso de educação nutricional e comportamento alimentar. Esta fase foi organizada em seis sessões, todas em grupo, com duração de 1h30min. Além disso, foram realizadas sessões de aconselhamento nutricional individual. A segunda fase, de estabelecimento (três meses), foi realizada uma sessão de aconselhamento nutricional individual e três sessões individuais de aconselhamento para a criança e seus pais (30 min/mês). A terapia do exercício consistiu em correr, jogar bola, dançar, além de incentivar a redução do tempo gasto assistindo televisão ou em jogos de computador.

Houve uma redução significativa do índice de massa corporal (IMC, p < 0,001) após seis meses de intervenção. Interessantemente esta redução permaneceu estável mesmo após um ano de intervenção (p < 0,001). A gordura corporal, medida por meio da espessura de dobras cutâneas e bioimpedância elétrica, e a circunferência da cintura diminuíram significativamente no período de intervenção e permaneceu estável após um ano da participação no programa.

“Nós fomos capazes de demonstrar que a intervenção “Obeldicks Light”, baseada na combinação de atendimento individual e sessões de grupo, bem como uma educação intensiva dos pais foi efetiva na redução do excesso de peso e melhorou a composição corporal. Isso ocorreu não apenas durante a intervenção, mas também um ano após o seu fim”, concluem os autores.

Referência(s)Schaefer A, Winkel K, Finne E, Kolip P, Reinehr T. An effective lifestyle intervention in overweight children: One-year follow-up after the randomized controlled trial on "Obeldicks light". Clin Nutr. 2011 Apr 20. [Epub ahead of print]

Novo índice é criado para medir a obesidade


O índice de massa corporal (IMC) é uma medida que relaciona o peso com a altura ao quadrado, e é usada por diversos profissionais de saúde para determinar se as pessoas estão acima ou abaixo de peso, porém hoje já se sabe que este método de avaliação antropométrica apresenta falhas e não é eficaz para atletas ou crianças.
No mês passado, cientistas desenvolveram uma nova fórmula capaz de medir se o individuo está com excesso peso sem necessariamente precisar subir em uma balança. A medida foi batizada com o nome de Índice de Adiposidade Corporal (BAI), sendo que é a divisão da circunferência do quadril pela altura menos dezoito, que resulta no percentual de gordura corporal. De acordo com a pesquisa, essa seria uma alternativa ao IMC.
Este novo método foi formulado a partir de um estudo feito com uma população hispânica dos Estados Unidos. Depois, eles confirmaram a exatidão da escala comparando com outra pesquisa, feita com indivíduos norte americanos negros, em que foi empregado um tipo de exame conhecido como desintometria (DXA), conhecido como padrão ouro para a medida da obesidade. Essa comparação comprovou que os resultados eram semelhantes, sugerindo que o novo índice poderia ser utilizado em grupos de diferentes etnias.
Segundo os pesquisadores, a fórmula ainda necessita de alguns ajustes e deve ser testada em outros grupos étnicos. A intenção é que o método seja utilizado em locais com acesso limitado à infraestrutura, onde não se tenha uma balança, por exemplo. Além disso, querem comprovar se a fórmula prevê o percentual de gordura em crianças e ainda se avalia o risco de doenças cardiovasculares.
Fonte da Notícia: http://veja.abril.com.br/



Perda de peso melhora a capacidade de memória e concentração





Um novo estudo realizado nos Estados Unidos divulgou que perder peso melhora a capacidade de memória e concentração.

Os cientistas analisaram 150 pacientes, dos quais 109 passaram pela cirurgia bariátrica (de redução do estômago) e 41 eram voluntários obesos. Os participantes foram testados antes da cirurgia, 12 semanas após a cirurgia, um ano depois da operação e também no ano seguinte. Eles descobriram que os pacientes que passaram pela cirurgia melhoraram sua memória e concentração 12 semanas após a operação.

De acordo com o principal autor do estudo, existem diversas condições que acompanham a obesidade, tais como: pressão alta, diabetes e apneia do sono, e que podem prejudicar o bom funcionamento da mente. Esses problemas danificam o cérebro, mas são reversíveis, já que a condição cardiovascular da pessoa melhora, após o controle da doença.

Fonte da Notícia: http://noticias.r7.com/




Maus hábitos alimentares provocam aumento de gastrite em crianças


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O consumo exagerado de doces, balas, chocolates e outros produtos industrializados estão sendo a principal causa do aumento da incidência de gastrite infantil no Brasil. A estimativa é de que aproximadamente 10% das crianças que se queixam de dores na barriga tenham a doença. Além desses sintomas a gastrite infantil também pode causar falta de apetite, além de vômitos e enjôos após as refeições.

Para prevenir, é necessário que os pais fiquem cuidadosos à alimentação da criança e também com o uso incorreto de antiinflamatórios e antibióticos. Dessa forma, adquirir hábitos alimentares saudáveis é a melhor saída: fazer um café da manhã com o leite, com frutas, com cereais ou com pão. Almoço e jantar com verduras, legumes a carne, não se esquecendo do arroz e do feijão e sempre que possível evitar refrigerantes e dar preferência para sucos naturais.
Fonte imagem: http://www.photl.com/

Fonte da Notícia:  http://noticias.r7.com/



Leptina e grelina predizem adaptações metabólicas na restrição calórica

Data:            06/05/2011
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro



Pesquisadores europeus publicaram na revista The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism um estudo que concluiu que mulheres obesas com altos níveis de leptina e baixos de grelina são mais resistentes à perda de massa gorda no início do tratamento dietético.

O objetivo do estudo foi investigar o valor preditivo dos níveis da leptina e grelina na perda de peso e de massa gorda após 12 semanas de intervenção com dieta de baixa caloria em mulheres obesas.

Os pesquisadores avaliaram 78 mulheres obesas com idade média de 36,7 ± 7 anos e não diabéticas. As participantes foram submetidas a um programa de perda de peso durante 12 semanas. A redução do peso corporal (0,5-1 kg por semana) foi induzida por uma dieta com redução de 600 kcal das necessidades energéticas, seguindo a seguinte distribuição: 55% de carboidratos, 30% lipídeos e 15% de proteínas. As participantes foram avaliadas antes e após a intervenção dietética com relação a composição de massa gorda por absortometria de raio-x de dupla energia, gasto energético de repouso (GER) por calorimetria indireta e níveis de leptina e grelina.

Os altos níveis de leptina foram correlacionados com menor GER antes (p < 0,008) e após a intervenção dietética (p < 0,001). Similarmente, altos níveis da razão leptina/grelina foram fortemente associados com menor GER tanto no início quanto no final da dieta (p < 0,001). Os níveis iniciais mais elevados de leptina e menores níveis iniciais de grelina predizeram menor perda de peso corporal e de massa gorda depois de 12 semanas de intervenção dietética.

"A homogeneidade da amostra estudada e a intervenção bem controlada são os pontos fortes do nosso estudo. No entanto, precisamos ser muito cautelosos antes de extrapolar as nossas conclusões para outras populações e na replicação de nossos achados", explicam os autores.

"Nossos resultados sugerem que as mulheres obesas, com altos níveis de leptina e baixos de grelina podem ser mais resistentes à perda de peso induzida por uma dieta de restrição calórica. A razão leptina/grelina pode ser proposta como um biomarcador para predizer adaptações metabólicas durante o tratamento dietético e, se confirmados em estudos futuros, como um preditor de sucesso ou fracasso do tratamento", concluem.

Referência(s)Labayen I, Ortega FB, Ruiz JR, Lasa A, Simón E, Margareto J. Role of Baseline Leptin and Ghrelin Levels on Body Weight and Fat Mass Changes after an Energy-Restricted Diet Intervention in Obese Women: Effects on Energy Metabolism. J Clin Endocrinol Metab. 2011 Apr 6. [Epub ahead of print].

 

Coca-Cola rejeita pedido para tirar bisfenol A de suas latas

 

Pedido veio de acionistas preocupados com a crescente pressão da população e proibição do químico em vários países; pesquisas associam substância a câncer, diabetes e obesidade

 

Mesmo depois da Comunidade Europeia ter proibido o bisfenol A (BPA). Mesmo depois de todas as pesquisas científicas terem associado o químico à doenças como diabetes e câncer. Mesmo depois das mães do Canadá terem saído às ruas pedindo o fim do químico em embalagens de alimentos. Mesmo depois da indústria de alimentação no Japão ter retirado voluntariamente o bisfenol do contato com seus produtos. Mesmo depois de todas as campanhas e comprovações sobre os malefícios do bisfenol A, o CEO da Coca-Cola, Muhtar Kent, disse ontem que empresa não acredita que haja evidências científicas suficientes para descontinuar o uso de BPA na resina epóxi utilizada como revestimento interno de suas latas.

 

A declaração aconteceu quarta-feira desta semana durante a assembléia anual, realizada em Atlanta (EUA), em resposta à solicitação de um grupo de acionistas que pediu o fim do BPA nas embalagens de refrigerantes e sucos. A proposta dos acionistas teve esse ano 26% de adesão, 20% a mais de apoio do que no ano passado, quando idéia semelhante foi apresentada. (...)

 

Leia a íntegra da matéria em: O Tao do Consumo, 29/04/2011.

 


A força do cálcio associado à vitamina D


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 99% do cálcio corporal

localiza-se nos ossos, 1% encontra-se distribuído nos dentes e em tecidos moles, e

aproximadamente 0,1% compõem o fluido extracelular, em especial, o plasma

sanguíneo1. No esqueleto dos animais vertebrados, o cálcio combina-se ao fosfato,

formando cristais de hidroxiapatita, que se inserem em fibras de colágeno conferindo

rigidez ao tecido ósseo.

Além da função de compor a matriz óssea, o cálcio desempenha papéis

importantes em diversos processos metabólicos, como a sinalização intracelular de vias que controlam a produção de hormônios e de outras substâncias; além de participar da cascata de coagulação sanguínea e da contração muscular.

Os níveis plasmáticos de cálcio são mantidos rigorosamente em equilíbrio pelo

sistema de feedback paratireóide/vitamina D. A vitamina D é um dos nutrientes

reguladores fundamentais do metabolismo do cálcio e apresenta-se em duas formas

químicas, uma sintética (D2) e outra encontrada nos seres vivos (D3). Esta última pode ser produzida pelo organismo mediante ação da luz solar (ultravioleta) utilizando um

precursor proveniente do colesterol, existente na epiderme dos animais. Embora sejamos capazes de produzir vitamina D, nem sempre a luz solar é suficiente para produzir a quantidade diária necessária do nutriente e isto pode variar conforme fatores como a região do planeta, hábitos culturais e individuais, e doenças pré-existentes que

impossibilitem os indivíduos a serem expostos a tal radiação. Nestes casos, a dieta é

imprescindível para suprir os requerimentos nutricionais de vitamina D.

Peixes, ovos, fígado e leite são alimentos com teores consideráveis de vitamina D3.

Tanto a vitamina D da dieta como a produzida pelo organismo é transportada para o

fígado, onde sofrerá uma primeira hidroxilação, sendo rapidamente liberada para a

corrente sanguínea e, no rim, sofre sua segunda hidroxilação, quando então é convertida para a sua forma biologicamente ativa, denominada 1,25-deidroxi vitamina D, ou calcitriol2. Quando os níveis de cálcio no plasma sanguíneo encontram-se reduzidos, receptores celulares na glândula paratireóide são estimulados e provocam a secreção do paratormônio. Este hormônio aumenta a reabsorção de cálcio nos túbulos renais e estimula a hidroxilação renal de vitamina D, formando o calcitriol. O calcitriol tem como alvo de ação, os enterócitos – células absortivas intestinais – onde estimula a síntese de proteínas denominadas calbindinas, as quais possuem afinidade ao cálcio, e ao ligarem-se ao mineral, favorecem sua absorção intestinal1.

Figura 1: Esquema de absorção de Vitamina D e Cálcio e suas funções no organismo.

Assim, é possível estabelecer uma importante relação entre a vitamina D e o cálcio,

uma vez que os níveis séricos normais de vitamina D promovem a absorção de 30% do

cálcio dietético e mais de 60-80% em períodos de crescimento, devido à alta demanda de cálcio3.

A OMS recomenda valores de ingestão de cálcio conforme grupos etários, pois há

especificidades em cada grupo que devem ser levadas em consideração. De 0 a 6 meses, recomenda-se o aleitamento materno exclusivo, sendo que a necessidade diária de cálcio é de 300 mg, e esta é compatível com a produção humana diária de leite. Nos casos em que a amamentação exclusiva não é possível e em substituição é utilizado o leite de vaca, a necessidade diária de ingestão de cálcio é de 400 mg ou cerca de 3,5 copos de leite/dia, segundo dados da Tabela de Composição de Alimentos (TACO)4. Após os 6 meses eaté os 2 anos de idade, deve haver uma alimentação complementar ao leite materno, tanto para suprir as necessidades de cálcio nesta fase, quanto para complementar as necessidades de outros nutrientes e a energia diária. Nota-se que as necessidades nutricionais do mineral aumentam conforme o crescimento infantil.

No período de puberdade e adolescência a recomendação é de 1.300 mg de cálcio

por dia. Este aumento da necessidade deve-se ao fenômeno conhecido como estirão

pubertário, intenso crescimento físico que inicia, em média, aos 9,5 anos nas meninas e aos 11,5 anos nos meninos, e dura cerca de 3 anos1.

Mulheres adultas, dos 19 anos até a menopausa, devem consumir cerca de 1.000

mg/dia de cálcio, assim como os homens, dos 19 aos 65 anos de idade1. Esta

necessidade é compatível com a remodelação óssea que ocorre fisiologicamente nos

adultos, em que os ossos sofrem renovação de seus componentes.

Mulheres após a menopausa apresentam quedas nos níveis de estrógenos e esta

redução é um fator determinante pela gênese de osteoporose, sendo a perda óssea mais intensa nos últimos 5 anos que se seguem a ela5. As reduções dos níveis de estrógeno em mulheres pós-menopausa são um fator relevante no aumento da necessidade nutricional destas mulheres, cuja recomendação de ingestão é de 1.300 mg/dia de cálcio.

De toda forma, o próprio envelhecimento é um fator que interfere na redução da absorção intestinal de diversos nutrientes, dentre eles o cálcio, e por isto, mesmo os homens com idade superior a 65 anos devem consumir esta mesma dosagem de cálcio, diariamente.

Vale ressaltar que a massa de minerais acumulados nos ossos ao final do período

de crescimento, conhecida como pico de massa óssea, vem sendo considerada como o maior fator de risco para a ocorrência de fraturas decorrentes de osteoporose em

indivíduos com mais de 50 anos6. Sendo assim, se o ganho mineral ósseo puder ser

otimizado durante a puberdade, é provável que o indivíduo adulto esteja menos suscetível a sofrer as devastadoras complicações da osteoporose7.

A OMS ainda faz uma recomendação especial para gestantes, que devem ingerir

cerca de 1200 mg/dia de cálcio a fim de garantir o aporte nutricional do mineral para a

própria gestante e para o feto, principalmente no terceiro trimestre de gravidez, com a

conversão das cartilagens em ossos1.

Embora o período de lactação sugira que as mães devam ingerir maiores doses de

cálcio, a OMS ainda não recomenda suplementação, uma vez que estudos vêm

comprovando que a prolactina, hormônio produzido neste período, estimula a ativação de vitamina D e, com isto, favorece a absorção intestinal de cálcio. Outros estudos ainda estão em desenvolvimento e, até o momento, a dose diária recomendada para lactantes é a mesma para mulheres adultas, ou seja, 1000 mg/dia de cálcio1.

Com relação à vitamina D, estas recomendações são menos variáveis do que as

de cálcio, sendo cerca de 5 microgramas ao dia, desde o nascimento até os 50 anos de

idade. Dos 51 aos 65 anos a recomendação é de 10 microgramas ao dia e dos 65 anos

em diante, é de 15 microgramas ao dia. Gestantes e lactantes devem consumir os

mesmos 5 microgramas ao dia. A OMS recomenda, ainda, sempre que possível,

exposição solar diária de aproximadamente 30 minutos, sem filtro solar e logo no início da manhã, nos braços e na face, o que assegura níveis ideais da vitamina no organismo1.


Tabela 1 – Recomendação da ingestão diária de cálcio, segundo a Food and

Agriculture Organization of the United Nations

Grupo Recomendação de ingestão (mg/dia)


0 a 6 meses

Leite humano 300

Leite de vaca 400


7 a 12 meses 500

1 a 3 anos 500

4 a 6 anos 600

7 a 9 anos 700


Adolescentes (10 a 18 anos) 1300

Mulheres

19 anos até a menopausa 1000


Pós-menopausa 1300

Homens

19 a 65 anos 1000


Mais de 65 anos 1300


Gravidez 1200

Lactação 1000


Fonte: WHO, 2002.

Diante dos mecanismos e recomendações explicitados, considera-se de extrema

importância a ingestão adequada de alimentos ricos em cálcio e em vitamina D, aliados à exposição solar segura, visando a manutenção da saúde óssea e os diversos processos metabólicos aos quais o cálcio se relaciona.


Referências:

1. World Health Organization. Food and Agriculture Organization of the United Nations.

Vitamin and mineral requirements in human nutrition: report of a joint FAO/WHO expert

consultation Bangkok, Thailand. 2nd. Geneve; 2002.

2. Cardoso MA. Nutrição humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006. p.104-110.

3. Bueno AL, Czepielewski MA. A importância do consumo dietético de cálcio e vitamina D no

crescimento. J. Pediatr. 2008; 84(5): 386-394.

4. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação – Universidade Estadual de Campinas.

Tabela brasileira de composição de alimentos. 2. ed. Campinas: NEPAUNICAMP; 2006.

5. Amadel SU, Silveira VAS, Pereira AC, Carvalho YR, Rocha RFR. A influência da

deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea. J Bras. Patol.

Med. Lab. 2006; 42(1): 5-12.

6. Flynn A. The role of dietary calcium in bone health. Proceedings of the Nutrition Society.

2003; 62:851-858.

7. Brandão CMA, Vieira JGH. Fatores envolvidos no pico de massa óssea. Arq. Bras. Endocrinol. Metab. 1999; 43(6): 401-408.



Microbiota intestinal e qualidade de vida
A microbiota intestinal é um ecossistema complexo que contém
centenas de espécies de bactérias com um papel essencial na promoção do
bem-estar e da saúde do hospedeiro1, 2.
A microbiota intestinal pode influenciar em várias funções intestinais,
como na manutenção da integridade, no desenvolvimento da imunidade da
mucosa e na nutrição. Alguns nutrientes e vitaminas são produzidos por
bactérias, como é o caso da vitamina K, vitaminas do complexo B e do folato.
Outras bactérias são responsáveis por digerir carboidratos, como lactose e
amido resistente, e converte-los em ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs).
Estes ácidos são capazes de controlar a proliferação de células intestinais.
Algumas bactérias auxiliam na proteção do intestino, podendo inibir ou matar
outras bactérias potencialmente patogênicas1,2.
Existem alguns fatores que podem causar alterações negativas da
microbiota intestinal, como o uso indiscriminado de antibióticos; baixo consumo
de frutas e verduras e excesso do consumo de alimentos processados;
alimentação desequilibrada, exposição a toxinas ambientais; estresse; idade;
tempo do trânsito intestinal e pH do intestino; disponibilidade de substrato
fermentável3,4. Nestas situações, pode haver o aumento de bactérias nocivas
no intestino, expondo o organismo a doenças.
A manutenção da microbiota saudável envolve uma alimentação
balanceada, evitando o consumo em excesso de açúcares simples e gorduras,
e aumento da ingestão de verduras e frutas. Além disso, o consumo regular de
iogurte com probióticos pode contribuir com a maior presença de bactérias
benéficas no intestino. Os probióticos são micro-organismos vivos que,
ingeridos em quantidades adequadas, trazem benefícios à saúde.
Especificamente o probiótico Bifidobacterium animalis DN-173 010 ajuda
também a reduzir o tempo de trânsito intestinal lento, trazendo benefícios
adicionais à saúde e ao bem estar do indivíduo. O adequado funcionamento do
intestino ajuda a diminui a irritabilidade, causada pelo inchaço, azia e mal-estar
geral gerados pela constipação intestinal. O bom funcionamento do intestino
acarreta em maior disposição para as atividades do dia a dia3

Referências:
1. Gibson GR, Roberfroid MB. Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing
the concept of prebiotics. The journal of nutrition. 1994; 1401-1412
2. Quigley EMM. Prebiotics and probiotics; modifying and mining the microbiota.Pharmacol Res
(2010), doi; 10, 1016/j. phrs. 2010.01.004.
3. Almeida LB, Marinho CB, Souza CS, Cheib VBP. Disbiose intestinal. Rev Bras Nutr Clin.
2009; 24 (1): 58-65.
4. Fuller R, Gibson GR. Probiotics and prebiotics: microflora management for improved gut
health. Clin Microbiol Infect. 1998; 4: 477-480.
5. Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências
Farmacêuticas. 2006; 42 (1): 1-16

 Efeitos do Alzheimer são retardados com vitamina B
Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, mostraram que doses elevadas de vitamina B podem reduzir pela metade o ritmo do encolhimento do cérebro em pessoas com alguns sinais de Alzheimer.

O encolhimento do cérebro é um dos sintomas da debilidade cognitiva leve que pode ser um dos indicadores iniciais de demência.

O estudo foi publicado na revista Public Library of Science One, e avaliou 168 pacientes que sofriam de uma debilidade cognitiva leve.

Metade dos voluntários da pesquisa recebeu um comprimido diário com altos níveis de ácido fólico, vitamina B6 e B12, enquanto a outra metade recebeu um placebo.

Passados dois anos, os pesquisadores mediram o ritmo de encolhimento cerebral dos pacientes.

O cérebro de um idoso encolhe, em média, a um ritmo de 0,5% ao ano. De uma pessoa que sofre de debilidade cognitiva leve encolhe a um ritmo duas vezes maior. Nos pacientes com Alzheimer, este ritmo chega a 2,5% ao ano.
Os resultados demonstraram que, em média, o encolhimento cerebral dos voluntários que ingeriram o suplemento vitamínico ocorreu a um ritmo 30% mais lento. Em alguns casos, este ritmo passou a ser 50% mais lento, fazendo com que sua atrofia cerebral se equivalesse a de uma pessoa sem qualquer tipo de debilidade cognitiva.

Um dos autores do estudo relatou que os resultados foram mais significativos que o esperado. Tais vitaminas estão fazendo algo pela estrutura do cérebro - protegendo-a, e isso é muito importante para evitar o Alzheimer, acrescenta o estudioso.

Concluem que embora se tenha obtido um bom resultado, mais pesquisas são necessárias para determinar se altas doses de vitamina B realmente evitam o desenvolvimento de Alzheimer em pacientes com debilidade cognitiva leve.
Fonte da Notícia:
Disponível em: www.diariodasaude.com.br.
Acesso em: 14 set. 2010.


Complementação: 

Fontes de Ácido Fólico: brócolis, tomate, cogumelos, ervilha, laranja, feijão.

Fontes de Vit. B6: batata, banana, peito de frango, semente de girassol, salmão, atum, abacate.


Fontes de Vit. B12: levedo de cerveja, alimentos de origem animal.


Emília M. T. Castro – Nutricionista CRN – DF 2863


Magnésio desempenha papel importante no controle da glicemia

 

Data: 19/04/2011
Autor(a): Rita de Cássia Borges de Castro

Pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte publicaram na revista Clinical Nutrition um estudo que avaliou pacientes com diabetes tipo 2 e concluiu que a função renal influencia os níveis de magnésio no plasma e que este mineral participa do controle da glicemia.

O objetivo deste estudo foi avaliar a ingestão e os níveis plasmáticos de magnésio em pacientes com diabetes tipo 2, a fim de identificar os parâmetros relacionados à glicemia de jejum e magnésio no plasma.
Trata-se de um estudo que avaliou 51 pacientes com diabetes tipo 2, analisando os seguintes parâmetros: ingestão de magnésio, por meio de recordatório de 24 horas; concentrações de magnésio no plasma, na urina e em eritrócitos; glicemia de jejum e pós-prandial, HbA1 (hemoglobina glicosilada); microalbuminúria, proteinúria, além dos níveis de creatinina sérica e urinária.

Os pacientes apresentaram baixos níveis tanto na média de ingestão de magnésio (9,37 ± 1,76 mmol/d), quanto nas concentrações urinárias (2,80 ± 1,51 mmol/d), plasmáticas (0,71 ± 0,08 mmol/L) e nos eritrócitos (1,92 ± 0,23 mmol/L). Os indivíduos apresentaram glicemia de jejum de 8,1 ± 3,7 mmol/L, glicemia pós-prandial de 11,1 ± 5,1 mmol/L, e HbA1 de 11,4 ± 3,0%.

Após análises estatísticas, foram observados que os parâmetros que influenciaram a glicemia de jejum foram a ingestão dietética de magnésio e suas concentrações urinárias e plasmáticas. Foi verificado também que o magnésio plasmático foi influenciado pelo clearance de creatinina. A avaliação da função renal indicou que o declínio de sua função em pacientes com diabetes tipo 2 pode estar associada com a hipomagnesemia.

“Em conclusão, os resultados mostram que a função renal pode levar a hipomagnesemia e que essa condição, juntamente com a baixa ingestão de magnésio, pode induzir o aumento de glicose no sangue. A hiperglicemia em longo prazo em pacientes com diabetes tipo 2 aumenta o risco de complicações crônicas, como nefropatia, que pode exacerbar a hipomagnesemia e agravar as condições clínicas. Assim, confirmamos que a adequada ingestão de magnésio é essencial para indivíduos com diabetes tipo 2”, concluem. Alguns alimentos que contêm magnésio são: amêndoas, pistache, tofu, caju, avelã, acelga cozida.

Referência(s)
Sales CH, Pedrosa LF, Lima JG, Lemos TM, Colli C. Influence of magnesium status and magnesium intake on the blood glucose control in patients with type 2 diabetes. Clin Nutr. 2011 Jan 31. [Epub ahead of print]



Quais são os fatores de risco comuns para câncer e diabetes?

Autora: Iara Waitzberg Lewinsk


A tabela abaixo mostra a recomendação de água total para todas as faixas etárias.

Tabela. Ingestão de água recomendada pela DRI (Dietary Reference Intakes) para cada faixa etária e sexo:


Bebês (anos de idade)
Ingestão de água total (litros/dia)
0-6
0,7*
7-12
0,8**
Crianças (anos de idade)

1-3
1,3
4-8
1,7
Meninos (anos de idade)

9-13
2,4
14-18
3,3
19-70
3,7
Meninas (anos de idade)

9-13
2,1
14-18
2,3
19-70
2,7
Gravidez (anos de idade)

14-50
3,0
Lactação (anos de idade)

14-50
3,8


* provenientes do leite materno

** provenientes do leite materno + alimentação complementar '


Água de coco e sucos também poderão ser consumidos, principalmente quando o aluno não toma o café da manhã.

Atividade física e controle do colesterol

Marcio Marega

Os principais fatores que aumentam as chances de um indivíduo desenvolver tanto câncer (CA) quanto diabetes tipo 2 (DM2) são a idade, o sexo, a etnia (fatores não modificáveis), o sobrepeso, a obesidade, a dieta, a ingestão de álcool e o fumo (fatores modificáveis).
O avanço da idade, o sexo (em geral, os homens tem maior chance de desenvolver diabetes e/ou câncer do que mulheres) e algumas etnias são fatores genéticos, ou seja, não modificáveis, que aumentam por si só as chances do desenvolvimento para estas doenças. Entretanto, são os fatores modificáveis que mais se relacionam com as doenças na grande maioria dos casos.

Sobrepeso, obesidade e mudança de peso:

Estudos conduzidos ao longo de décadas demonstraram uma forte associação entre a obesidade e a incidência de DM2. Tanto para DM2 quanto para alguns tipos de CA (como o de cólon), alguns estudos sugerem que as medidas da circunferência da cintura e a relação cintura/quadril são diretamente associadas com o risco de desenvolvimento das doenças, independentemente do IMC.
A relação causal entre obesidade e doença é intensificada pela evidência de que a perda de peso diminui o risco para o desenvolvimento de doença. Em casos de indivíduos com DM2, diversos estudos mostraram que a perda de peso reduz a incidência da doença e pode restabelecer níveis normais de glicemia. A intervenção dietética (com o objetivo de perda de 5 a 7% do peso) juntamente com a prática de atividade física pode reduzir mais de 50% a incidência de DM2.

A associação entre perda de peso e subsequente diminuição do risco para CA é menos evidente, pois os estudos trabalham com populações e metodologias diferentes, o que dificulta a comparação de dados. Um grande estudo concluiu que há relação inversa entre perda de peso e risco para CA de mama em mulheres na pós-menopausa, mas somente quando não há reganho de peso pelo tempo mínimo de 4 anos.
Estudos epidemiológicos demonstraram que a prática de atividade física (moderada a intensa) tem associação com redução do risco para CA de cólon, mama em mulheres pós-menopausa e endométrio.
Algumas evidências também sugerem que a prática de atividade física após o diagnóstico de CA, como o de mama e o colorretal, pode aumentar as chances de sobrevivência do paciente.
Exercícios moderados a intensos, quando praticados por aproximadamente 30 minutos diários, ao menos 5 dias na semana, também reduzem o risco (25 a 36%) do desenvolvimento de DM2. As pesquisas avaliaram que mesmo quando não há perda de peso, mas os objetivos da atividade física são atingidos, há prevenção da doença.
Dieta:

Uma dieta com pouca carne vermelha e processada, porém rica em vegetais, frutas e grãos integrais está associada com menor risco de CA e DM2.
Alguns estudos sugerem que dietas ricas em alimentos de alto índice glicêmico estão associadas com aumento do risco para DM2. Esta relação ainda não está completamente elucidada quanto ao CA, mas como estes alimentos contribuem para o aumento de peso, seu consumo não é recomendado.
Fumo:

É estimado mundialmente que o fumo cause 71% das mortes por CA de traqueia, brônquios e pulmão. Outros tipos de CA fortemente relacionados com o fumo são o de laringe, trato digestório alto, bexiga, rins, pâncreas, útero, fígado, estômago e leucemia.
O hábito de fumar também é fator de risco independente para o desenvolvimento da DM2. Em adição, devido aos efeitos do tabaco no aumento do risco para doenças cardiovasculares, retinopatia e outras complicações do diabetes, o fumo causa efeitos adversos na saúde relacionada à DM2.

Álcool:

O consumo de bebidas alcoólicas, mesmo que em quantidades moderadas, aumenta o risco para vários tipos de CA, incluindo aqueles da cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, fígado, cólon/reto e mama (em mulheres). Embora o excesso de álcool também seja fator de risco para DM2, o consumo moderado da bebida foi associado com redução da incidência de diabetes em homens e mulheres.

Bibliografia (s)
Giovannucci E, Harlan DM, Archer MC, Bergenstal RM, Gapstur SM, Habel LA, et al. Diabetes and cancer: a consensus report.CA Cancer J Clin 2010;60(4):207-221.
Nutritotal. Ganepão 2010 reúne grande número de profissionais da saúde. Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=453. Acessado em: 01/09/2010.



Garrafinha de água:



Levar diariamente para as aulas a garrafinha de água. São cinco horas na escola, após ter tomado o café da manhã, lanche no meio da manhã, salas quentes, processo digestivo, evaporação do corpo, atividade física, entre outras situações onde a presença de água no organismo é essencial.
A água é essencial para o equilíbrio hidroeletrolítico das células, absorção dos nutrientes, eliminação, etc.


Indivíduos com sobrepeso (índice de massa corporal [IMC] ≥ 25 e < 30 kg/m2) ou obesidade (IMC ≥ 30 kg/m2) têm risco mais elevado para diversos tipos de CA em comparação com indivíduos cujo IMC está dentro da faixa de normalidade (18,5 a 24,9 kg/m2). Os tipos de CA mais associados com excesso de peso são os de mama (em mulheres na pós-menopausa), cólon/reto, endométrio, pâncreas, esôfago, rins, bexiga e fígado. A obesidade também aumenta o risco da mortalidade em indivíduos com CA.
O aumento do peso normalmente está mais relacionado ao aumento de massa de gordura ao invés da massa magra e, por isso, a quantidade de gordura poderia ser um indicativo melhor do que o IMC para estimar o risco de CA.